Antes da visita de estado ao Reino Unido esta segunda-feira, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, já está a fazer declarações com fogo e fúria: Nigel Farage, um dos maiores promotores do Brexit, devia ser o enviado britânico a Bruxelas para as negociações da saída da UE. Numa entrevista ao The Times, o chefe de Estado norte-americano diz ainda que, nas negociações do Brexit, o executivo de Theresa May deixou a União Europeia “com todas as cartas na mão”.

Este sábado, Trump já tinha afirmado que Boris Johnson, pró-Brexit, seria um “excelente” líder do partido conservador. Agora, noutro ato pouco comum na diplomacia, afirma que Farage, um dos mais acérrimos opositores da primeira-ministra demissionária Theresa May, “tem muito a oferecer” para as negociações do Brexit.

Além de elogiar Farage, o presidente dos EUA afirma que o Reino Unido “tem de sair da negociações” se não conseguir “o acordo que quer”. Este cenário, de os britânicos saírem a 1 de novembro da União Europeia sem acordo, tem sido evitado pelas consequências nefastas que pode ter na economia britânica.

Trump afirmou ainda que não é demasiado tarde para os britânicos “processarem” a União Europeia para terem mais “munições” durante as negociações.

A visita de estado de Donald Trump ao Reino Unido tem sido recebida com críticas por parte dos partidos contra a saída do país da União Europeia. O presidente norte-americano já prometeu que as relações económicas entre os Estados Unidos e os britânicos podem envolver acordos de comércio livre depois do Brexit se concretizar.

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