Em plena guerra comercial entre Estados Unidos e China, o governo chinês emitiu um aviso aos cidadãos que vão viajar para território norte-americano, acusando os norte-americanos de um “assédio constante” contra os chineses e alertando para os “tiroteios, roubos e furtos que têm ocorrido com frequência nos EUA”.

“Ultimamente os agentes policiais têm assediado repetidamente os cidadãos chineses que visitam os Estados Unidos através de interrogatórios na fronteira, visitas inesperadas e outros meios”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citado pelo Financial Times. O aviso foi emitido depois de relatos de dificuldades que alguns cidadãos chineses estão a encontrar nos EUA. O comunicado pede ainda aos cidadãos chineses e entidades financiadas pela China nos Estados Unidos que aumentem o alerta sobre a sua segurança, adotem medidas preventivas e respondam “apropriada e ativamente”.

Já esta segunda-feira também o ministro da Educação da China, Chen Baosheng, avisou os estudantes chineses para pensarem nos “riscos” de irem estudar para uma universidade nos Estados Unidos, sublinhando as restrições cada vez maiores na atribuição de vistos académicos e o intenso escrutínio de trabalhadores chineses na América.

China deixa aviso a estudantes que querem ir para os Estados Unidos: “Avaliem os riscos e preparem-se”

A tensão entre Estados Unidos e China tem aumentado depois da queda das relações comerciais entre os dois países no início de maio. Desde aí, Donald Trump colocou a gigante chinesa de telecomunicações Huawei na lista negra e está a considerar impor restrições semelhantes em mais empresas tecnológicas chinesas.

Como resposta, Pequim implementou taxas adicionais sobre 60.000 milhões de dólares em bens produzidos nos EUA, que entraram em vigor este fim de semana, e ameaçou estabelecer a sua própria lista de “entidades não confiáveis”, que integraria empresas e particulares estrangeiros.

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