O Tribunal de Albufeira adiou esta terça-feira pela segunda vez o início do julgamento de cinco jovens franceses acusados de agredirem e insultarem militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) no verão de 2015.

Inicialmente marcado para o dia 12 de fevereiro, o julgamento foi reagendado para esta terça-feira, voltando agora a ser adiado sem ter sido agendada uma nova data, informou aos jornalistas uma funcionária judicial.

Segundo a mesma fonte, o adiamento ‘sine die’ foi motivado pela ausência da juíza titular do processo, “devido à morte de um familiar, sendo o mesmo reagendado quando a magistrada voltar ao serviço”.

O primeiro adiamento, em fevereiro, foi motivado pela “incompatibilidade de agenda” de alguns dos intervenientes no julgamento.

Os cinco jovens franceses vão responder por vários crimes de resistência e coação sobre funcionário, por ofensa à integridade física qualificada e por injúria agravada.

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O Ministério Público (MP) pediu que os arguidos, que estão em liberdade, sejam julgados por um tribunal singular (um juiz), incorrendo no máximo numa pena até cinco anos.

Segundo o despacho de acusação do MP, a que a agência Lusa teve acesso, os arguidos, com idades entre 22 e 23 anos, estavam, na madrugada de 04 de agosto de 2015, junto a uma rotunda de Albufeira (distrito de Faro, Algarve), conhecida por ‘três palmeiras’, “inseridos num grupo que causava distúrbios na via pública”.

Os jovens foram abordados pelos guardas e, quando davam início à identificação dos suspeitos, um deles ofendeu verbalmente um dos militares, enquanto outro dos arguidos “agarrava o braço” de outro suspeito, “afastando-se e ignorando as indicações dadas pelos militares”.

A partir desse momento, a acusação descreve uma série de agressões levadas a cabo pelos arguidos contra os cinco guardas, que incluem empurrões, vários murros e pontapés em diversas partes do corpo, nomeadamente na face.

Três dos militares da GNR tiveram de ser assistidos no Centro de Saúde de Albufeira.

Em resultado das lesões, um dos guardas esteve de baixa médica entre 6 de agosto e 3 de outubro de 2015 e outro entre 4 de agosto e 20 de abril de 2016.

O advogado de um dos militares da GNR apresentou um pedido de indemnização civil contra um dos arguidos no valor de quase 9.200 euros.

O Ministério Público pede também uma indemnização de 21.403 euros, relativa a despesas hospitalares e medicamentos, assim como ao período em que os militares estiveram de baixa médica e impedidos de trabalhar.