O tribunal de São João Novo, no Porto, vai reabrir, para ouvir um perito, o julgamento de uma ex-tesoureira da Faculdade de Medicina Dentária do Porto acusada de desviar 144 mil euros e simular roubo.

O tribunal tinha agendado para esta quinta-feira a leitura do acórdão, mas considerou imprescindível ouvir um perito da Polícia Judiciária que assinou um relatório contabilístico e financeiro relacionado com o caso.

Como o perito estava indisponível, vai depor no dia 27 à tarde.

Segundo o Ministério Público (MP), os factos ocorreram em 2014 e 2015, envolvendo verbas de inscrições e propinas dos alunos da Faculdade e de consultas de Medicina Dentária feitas na clínica daquele estabelecimento de ensino.

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A arguida foi devolvendo parte do dinheiro desviado, uns 67 mil euros, encenando o roubo do restante (75 mil em dinheiro e dois mil euros em cheque) em abril de 2005, perante a iminência de uma auditoria às contas da Faculdade.

Notícias da altura indicavam que os 77 mil euros “desapareceram de dentro de uma pasta que estava em cima da secretária” da tesoureira, que foi suspensa por oito meses por “negligência grosseira”.

Só dois anos depois, as autoridades confirmaram que se tratara de simulação do roubo e as razões por que tinha sido feito.