O governo da Venezuela vai assinar esta sexta-feira um acordo com a Cruz Vermelha para acelerar a entrada de ajuda humanitária no país, que enfrenta há anos uma grave crise com a falta de medicamentos, anunciou o Presidente Nicolás Maduro.

“Amanhã [esta sexta-feira], 07 de junho, o acordo entre o Ministério da Saúde e o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, já oficial, será assinado”, para que a organização possa “acelerar e aumentar todo o seu apoio humanitário à Venezuela”, disse Maduro, em declarações transmitidas na quinta-feira à noite na rádio e televisão estatais.

Na mesma intervenção, Maduro anunciou que o governo irá também assinar esta sexta-feira um acordo com a empresa russa Geropharm para produzir insulina no país sul-americano. Na terça-feira, o parlamento da Venezuela, onde a oposição tem a maioria, tinha alertado a comunidade internacional para o risco de uma catástrofe humanitária no país e pediu mais pressão sobre o Nicolás Maduro.

A Venezuela está mergulhada numa grave crise política, económica e social, que já levou três milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados das Nações Unidas.

A crise política agravou-se a 23 de janeiro, quando o opositor Juan Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino, prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

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O clima de crise e de incerteza política também tem tido repercussões no abastecimento energético do país, que enfrenta a falta de medicamentos e de alimentos, bem como dificuldades de acesso à ajuda humanitária.

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