Menos de um quinto dos trabalhadores recebiam o salário mínimo nacional no final de 2018, segundo dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social apresentados esta sexta-feira na Concertação Social.

De acordo com um documento distribuído na reunião da Concertação Social na tarde desta sexta-feira sobre a evolução do mercado de trabalho, a percentagem de trabalhadores a receber a retribuição mínima ficou abaixo dos 20%, fixando-se em 19,6% em dezembro de 2018.

Segundo o último relatório de acompanhamento do acordo sobre salário mínimo divulgado em novembro pelo Governo, a percentagem de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional era de 22,3% em junho de 2018, chegando a 757,2 mil pessoas.

Desde 2016 o salário mínimo aumentou 18,8% em termos nominais e 13,8% em termos reais e, em 2018, o valor da retribuição mínima era de 580 euros, tendo subido para 600 euros em janeiro deste ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“O pico do peso de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional no início de cada ano, depois de ter aumentado em 2016 e 2017, estabilizou e não ultrapassou os 23%, e tem diminuído de forma significativa ao longo de cada ano”, lê-se no documento distribuído na reunião, presidida pelo secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita.

Já o rendimento médio mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem ultrapassou pela primeira vez os 900 euros no primeiro trimestre de 2019, um aumento homólogo de 3%, destaca o ministério, referindo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A média salarial inclui “comportamentos desiguais de diferentes patamares salariais”, já que, ao longo dos últimos anos, os salários inferiores a 600 euros “têm perdido peso de modo muito significativo, com reforço dos escalões acima”, avança a mesma fonte.