Valdemar Alves, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, foi constituído arguido no processo de reconstrução das casas que foram destruídas durante o incêndio de 2017, avançou a TVI24. No total, são já 11 arguidos do inquérito da Procuradoria-Geral da República.

De acordo com a nota publicada pelo Departamento de Instrução e Ação Penal (DIAP) de Coimbra em setembro, em investigação “estão factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção, participação económica em negócio, burla qualificada e falsificação de documento”. Em causa estão denúncias feitas por duas reportagens, uma da Visão e outra da TVI, que relatavam situações eventualmente ilegais na atribuição de fundos para a reconstrução de habitações afetadas pelo incêndio de 2017, que deflagrou em Pedrógão Grande.

As duas reportagens referiam que casas que não eram de primeira habitação foram contempladas com obras em detrimento de outras mais urgentes e também que casas que não arderam foram reconstruidas com fundos solidários. A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, disse não ter dúvidas sobre os procedimentos formais, mas, ainda assim, enviou para ao Ministério Público 21 processos para análise.

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, Valdemar Alves, também negou estas acusações, mas enviou igualmente para análise um conjunto de processos. O Conselho de Gestão do Fundo Revita revelou, em outubro que, das 259 casas de primeira habitação selecionadas para reconstrução devido aos incêndios de junho de 2017, sete processos iam ser alvo de “reavaliação por parte dos municípios”.

(Em atualização)

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