Há um imenso placard, num prédio de uma das artérias mais conhecidas de Bucareste, na Roménia, de que é difícil tirar os olhos, especialmente quem está a ponderar adquirir um veículo eléctrico. Tudo porque a Renault faz o preço do Zoe, o seu utilitário alimentado por baterias, depender directamente dos níveis de poluição do ar que se respira.

Denominado o “Placard do DisCO2unt”, este painel digital exibe constantemente uma foto do Renault Zoe, bem como uma referência ao equipamento, capacidade de bateria, autonomia e preço. A novidade é que este último elemento, varia várias vezes durante o dia, tantas quanto as que o sensor a que está ligado, que determina a concentração dedióxido de carbono CO2 na atmosfera.

Esta forma de vender um automóvel eléctrico começa por pecar pelo exagero, uma vez que faz depender o preço do Zoe “dos níveis de poluição”, quando na realidade os faz variar de acordo com quantidade de CO2 no ar, sendo que o CO2 não é um poluente. Exalado pelos humanos, cada vez que respiram e consumido pelas plantas, de que se alimentam, o CO2, em si próprio, não é um produto tóxico. Mas o excesso de emissões está por detrás das alterações climatéricas que conhecemos como aquecimento global.

Voltando ao placard publicitário, este retira de seis em seis minutos os valores em tempo real do sensor de CO2, realizando automaticamente as contas e afixando um novo preço para o Zoe, que é tão mais baixo quanto a quantidade do CO2 for alta.

A criatividade da campanha pertenceu à Publicis romena, com o objectivo de conquistar os condutores que pensam que os veículos eléctricos estão muito caros. Os condutores têm apenas de esperar por uma altura em que os níveis de CO2 estejam particularmente elevados e, através da aplicação da marca, garantir a compra no instante em que o preço lhe parece mais convidativo. Veja aqui o painel publicitário em funcionamento:

https://www.youtube.com/watch?v=aenrKBvusrw

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