Se, por um lado, faltam 70 mil casas em Portugal para suprir as necessidades habitacionais e travar a escalada dos preços, de acordo com a APEMIP (a associação de mediadores imobiliários), por outro, os seis maiores bancos portugueses têm 24 mil imóveis para vender, a maioria deles casas. Segundo o Dinheiro Vivo, que avança a notícia, os imóveis em carteira totalizam 4,3 mil milhões de euros à espera de comprador.

O jornal digital escreve ainda que face ao final de 2017, as carteiras de imóveis dos bancos estão mais magras, graças a inúmeros leilões e a uma política agressiva de venda de malparado a fundos.

A valorização no setor imobiliário tem ajudado os bancos a desfazerem-se de imóveis e, segundo o jornal, os bancos já conseguiram desfazer-se de cerca de 7000 imóveis. O BCP, por exemplo, vendeu, nos primeiros três meses deste ano, 1094 imóveis por 149 milhões de euros, mais 45 milhões de euros do que o seu valor contabilístico. Já o Novo Banco colocou este ano uma nova carteira de imóveis à venda – a Viriato 2 —, avaliada em 500 milhões de euros.

O Santander alienou ao fundo norte-americano Cerberus uma carteira de imóveis que tinha colocado no mercado na sequência da integração do Banco Popular, o Projeto Tagus, pelo montante de 600 milhões de euros.

Além de casas de famílias que não conseguiram pagar o crédito à habitação, nas carteiras dos bancos há também empreendimentos que não chegaram a bom porto ou que enfrentaram dificuldades. Moradias inacabadas, complexos hoteleiros e lotes de terreno são exemplos de ativos que os bancos têm também à venda, escreve o jornal.

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