O Canadá vai banir a utilização de plástico descartável a partir de 2021, garantiu o primeiro-ministro, esta segunda-feira, num comunicado ao país. Segundo o que é noticiado pelo The Guardian, Justin Trudeau afirmou que a escolha dos utensílios a serem proibidos será determinada a partir de estudos científicos, sendo alguns deles garrafas, sacos e palhinhas de plástico.

A partir de 2021, o Canadá irá banir o plástico descartável em todo o seu território, de costa a costa”, afirmou Trudeau.

O primeiro-ministro garante que o seu executivo inspirou-se nas medidas já assumidas pelo Parlamento Europeu, que votou de forma esmagadora na proibição da utilização deste tipo de plástico, no passado mês de março, como forma de combater a poluição gerada pelo descartar deste tipo de materiais que, tantas vezes, vão parar ao mar.

Muitos outros países estão a fazer isto e o Canadá vai juntar-se a eles”, afirmou. “Isto é um grande passo mas estamos confiantes de que o conseguiremos implementar até 2021.”

Menos de 10% do plástico utilizado no Canadá é reciclado. O governo afirmou que um milhão de aves e mais de 100 mil mamíferos marinhos no mundo inteiro são feridos ou mortos ao confundirem pedaços de plástico com comida.

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As medidas da União Europeia vão afetar uma vasta gama de produtos plásticos que têm alternativas viáveis — palhinhas e headfones são um exemplo disso e deverão ser transformados também até 2021.

Utensílios descartáveis, como garfos e facas, não serão totalmente proibidos se os seus fabricantes conseguirem garantir que foram feitos com materiais sustentáveis. A legislação da UE aponta como objetivo reciclar 90% das garrafas de plástico até 2025 e reduzir para metade a quantidade de materiais plásticos que mais vezes vão parar ao oceano.

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A UE estima que estas mudanças irão custar entre 259 e 695 milhões de euros. Ainda não se sabe o impacto económico que terá na economia de Canadá.

A decisão da China em parar de importar lixo da União Europeia terá motivado a aposta nesta medida. Tomada no ano passado, a decisão fez com que outros países do sudoeste asiático passassem a ser o destino final do lixou europeu. As Filipinas, que se queixam de serem tratadas como a lixeira das nações mais ricas, enviaram de volta para o Canadá, no passado mês de maio, 69 contentores daquilo que as autoridades classificam como lixo ilegalmente transportado.