O musical “Hadestown”, uma adaptação do mito grego de Orfeu e Eurídice, que começou em pequenos teatros até chegar à Brodway, foi o grande vencedor dos Prémios Tony, entregues este domingo em Nova Iorque.

“Hadestown” conquistou oito dos 14 galardões para os quais estava nomeado, na 73.ª edição dos prémios Tony, que decorreu na noite de domingo (madrugada de hoje, em Portugal).

Criado pela cantora e compositora Anaïs Mitchell, que não tinha qualquer ligação com a Broadway, o musical cativou Nova Iorque com uma mistura de mitologia, histórias de amor e desafios atuais como as alterações climáticas.

Além de melhor musical, “Hadestown” venceu, entre outros, os prémios de melhor música original, melhor ator coadjuvante e melhor direção.

Rachel Chavkin, a única mulher a dirigir um novo musical da Broadway esta temporada, aproveitou a ocasião para denunciar a falta de diversidade nos prémios.

“Há tantas mulheres preparadas, tantos artistas de cor preparados. Temos de ver essa diversidade racial e de género refletida também pelos nossos críticos”, afirmou a diretora de “Hadestown”.

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Ao contrário de muitas outras peças, baseadas em filmes ou ‘remakes’ que vão diretamente para os principais teatros de Nova Iorque, “Hadestown” nasceu como um pequeno projeto que percorreu pequenos teatro antes de dar o salto.

Entre os artistas, Santino Fontana (“Tootsie”) foi o melhor ator num musical e Stephanie J. Block a melhor atriz na mesma categoria com “The Cher Show”.

A maior ovação do público foi, no entanto, para Ali Stroker (“Oklahoma!”), que fez história ao tornar-se a primeira atriz em cadeira de rodas ao vencer um Tony.

A melhor peça de teatro da temporada foi “The Ferryman”, enquanto o melhor ator foi Bryan Cranston (“Network”) e a melhor atriz Elaine May (“The Waverly Gallery”).

Cranston dedicou o prémio aos jornalistas que estão na linha de fogo. “Os media não são inimigos do povo, mas sim a demagogia”, disse.

Os prémios Tony 2019 explicados (e, se quiser, cantados)