Os líderes de mais de 30 plataformas privadas, públicas e da sociedade civil apelaram esta terça-feira aos líderes da União Europeia (UE) para que o desenvolvimento sustentável se torne uma prioridade política, defendendo ações urgentes.

Numa carta aberta aos líderes, aos chefes de Estado e de Governo da UE, as plataformas, entre as quais se incluem as associações ambientalistas portuguesas Quercus e Zero, salientam a necessidade de ações urgentes para enfrentar as crescentes desigualdades e enfrentar a crise climática, impedir a rápida perda da biodiversidade”.

As organizações não governamentais chamam também a atenção para a necessidade de “garantir o consumo e produção sustentáveis e administrar uma transição justa rumo a um sistema económico baseado no bem-estar e na qualidade”.

Na carta, é pedido aos líderes europeus, que vão reunir-se em cimeira do Conselho Europeu nos dias 20 e 21 de junho para debater a Agenda Estratégica 2019-2024, que tornem o “desenvolvimento sustentável o objetivo global das prioridades da União Europeia, tanto dentro como fora da Europa, pelo menos nos próximos cinco anos”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No entendimento dos líderes das mais de 30 plataformas, só haverá “uma mudança real e duradoura” se o desenvolvimento sustentável “atravessar todas as políticas da UE”.

“Vocês devem parar de olhar para a economia apenas como um meio para criar ‘prosperidade’ e ‘competitividade’ e, ao invés disso, vê-la como uma ferramenta para promover sociedades inclusivas, sustentáveis e justas que atendam às necessidades de todos, dentro dos limites do planeta, dos seus recursos preciosos e dos limites dos seus ecossistemas vitais”, é referido.

Na opinião dos ambientalistas, “tudo o que falta é vontade política”, lembrando as manifestações que têm sido feitas em várias cidades chamando a atenção para a “ação climática e extinção das espécies, direitos da mulher e justiça socioeconómica”.

“Como europeus unidos, representando dezenas de milhões de pessoas na Europa, continuaremos a elevar a nossa voz. Mas cabe a vós, enquanto líderes políticos, orientar-nos para um futuro melhor numa Europa que priorize o bem-estar das pessoas e do planeta sobre os lucros no curto prazo”, concluem.