O Canadá vai manter a presença no Mali até ao fim de agosto, o que prolonga em um mês o prazo previsto para a sua retirada da Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (Minusma).

Os militares canadianos vão começar a sua “retirada gradual” do Mali no final do mês de julho e continuar as “tarefas de retirada médica” até ao final de agosto, detalhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

Este adiamento suplementar vai permitir aos militares fazerem um “processo de transição sem problemas e eficaz entre as rotações canadiana e romena”, segundo o texto.

A missão canadiana, deslocada em Gao desde julho de 2018, no quadro da Minusma, deve acabar no final de julho de 2019.

A Roménia tinha-se comprometido no final de janeiro a substituir o Canadá no prazo previsto para a conclusão desta no Mali. O ministro da Defesa canadiano, Harjit Sajjan, tinha na altura reafirmado que as tropas canadianas sairiam do país africano no final de julho, como previsto.

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A força canadiana inclui um contingente com 250 militares e oito helicópteros, dos quais três Chinook, que servem para transporte médico, bem como cinco Griffon, utilizados em escolta aérea e tarefas defensivas.

Constituída em 2013, depois de o Norte do Mali ter ficado sob domínio de grupos ligados à Al-Qaeda, a Minusma conta com cerca de 15 mil militares e polícias.

A Minusma é a missão da ONU que conta com mais vítimas mortais entre os capacetes azuis, das várias operações em curso, com 185 mortos, que são mais de metade daqueles operacionais das Nações Unidas mortos desde há cinco anos.