O novo Comissário do Instituto de Migração do México não quer que o seu país seja usado “com trampolim” para os Estados Unidos e prometeu reduzir o fenómeno da migração. Francisco Garduño garante que vai cortar em 60% o número de migrantes a passar pelo México.

Em entrevista ao jornal mexicano La Razón, Garduño diz que a sua meta é evitar que centenas de milhares de migrantes entrem ou atravessem o México todos os anos.

Estamos atentos para poder passar de uma política de concertação na migração para uma política de contenção. Nunca se tinha feito isto antes, porque ao aplicar a lei resolvemos parte desta crise humanitária. Estamos a apostar na contenção da migração”, afirma o novo responsável mexicano.

“O problema humanitário é que temos de lhes dar (aos migrantes) comida, hospedagem e tudo isso tem um custo. E o México não é um país rico”, acrescenta Garduño. O mexicano garante que o “humanismo” e o “respeito pelos direitos humanos” estão na base da medida e que quer uma migração “regular e ordenada”, feita através do controlo da fronteira.

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As declarações de Garduño surgem numa altura em que Trump pressiona o México para reduzir o fluxo de migrantes. O presidente dos Estados Unidos deu ao México um prazo de 45 dias — que termina no dia 22 de julho — para reduzir o fluxo de sul-americanos com rumo ao território norte-americano. O México acordou com Trump cumprir esta meta para evitar a aplicação de tarifas em produtos mexicanos.

O presidente do México, López Obrador, visitou na quinta-feira a fronteira sul do seu país. Diz o The Guardian que Obrador prometeu aos Estados Unidos um “maior controlo” sobre a migração, mas insistiu que prefere uma abordagem mais “humanitária”.