A praia do Tamariz e os topos norte e sul da praia de Carcavelos, em Cascais, foram esta sexta-feira abertos a banhos depois de terem sido interditados devido à presença de algas, disse à Lusa fonte da capitania do Porto de Cascais.

Segundo o capitão Rui Pereira da Terra, depois da indicação da delegada de saúde local, e tendo em conta que as “condições meteorológicas já estão diferentes”, foi decidido voltar a hastear a bandeira verde em todas as praias do concelho de Cascais, no distrito de Lisboa,

“A situação de aparecimento de algas é normal, recorrente, não é confundível com o que se passou na costa algarvia durante a semana passada e, como tal, não representa um perigo de saúde pública”, disse Pereira da Terra.

De acordo com o responsável, as bandeiras vermelhas foram hasteadas na quinta-feira como “medida de precaução” e ainda assim “só em algumas concessões e não em toda a praia de Carcavelos”, sobretudo “pelo incómodo que poderia causar a grande concentração de algas no areal e em parte marítima”.

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Esta sexta-feira de manhã ainda era visível a presença de algas no areal de Carcavelos

“Esta sexta-feira, porque as condições meteorológicas já estão diferentes, ainda se verifica alguma concentração de algas, mas muito menor do que ontem e, não representando um perigo para saúde pública, foi decidido voltar a hastear a bandeira verde em todas as praias do concelho de Cascais”, avançou.

O capitão Pereira da Terra esclareceu ainda que as algas detetadas nestas três praias não são nocivas e não têm qualquer relação com as microalgas detetadas no Algarve, sublinhando que fenómenos como o de quinta-feira acontecem durante todo o ano por causa do movimento das correntes marítimas.

Algas vermelhas aparecem na ponta direita da praia de Carcavelos. Bandeira vermelha içada nessa zona

“Sabemos hoje que não há problema nenhum” disse, por seu turno, o ministro do Ambiente, durante uma visita à praia de Alvor, citado pelo Notícias ao Minuto. João Matos Fernandes sublinhou que são “fenómenos naturais que acontecem e que acontecerão”.

A interdição a banhos foi uma medida de “precaução”. “Quando aparecem estes fenómenos que, sendo naturais não são normais, por precaução — porque as algas podem ter alguma toxicidade —  é inibida a prática balnear”, explicou o governante.