A bolsa nova-iorquina encerrou esta sexta-feira em ligeira baixa uma sessão volátil, com os investidores a recuperarem algum fôlego no final de uma semana de ganhos sucessivos.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,13%, para os 26.719,13 pontos, e que o tecnológico Nasdaq perdeu 0,24%, para as 8.031,71 unidades.

Já o alargado S&P500 cedeu 0,13%, para os 2.950,46 pontos.

Este último “tinha terminado na quinta-feira num nível recorde, pela primeira vez desde abril, graças ao foco dos investidores em três assuntos: os comentários muito acomodatícios do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, o telefonema entre Donald Trump e Xi Jinping, e o tom prudente da Reserva Federal” (Fed), destacou Art Hogan, da National Holdings.

“Por junto, o mercado subiu com a previsão de que os bancos centrais vão descer as suas taxas de juro e que um acordo com a China está iminente”, acrescentou.

No conjunto da semana, o Dow Jones apreciou-se 2,4%, o Nasdaq ganhou 3,0% e o S&P500 progrediu 2,2%.

O S&P500 está a ganhar 7% desde o início do mês.

Desta forma, os analistas consideraram que os investidores fizeram uma pausa e retraíram-se nas aplicações.

O mercado obrigacionista também esteve em baixa, com a taxa de juro da dívida pública norte-americana a 10 anos a cair abaixo dos 2% pela primeira vez desde 2016, mas recuperando depois, para evoluir nos 2,062% às 21.25 de Lisboa.

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Os investidores vão agora dar mais atenção ao encontro entre os presidentes norte-americano e chinês, Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente, previsto para a cimeira do G20, no Japão, nos próximos dias 28 e 29.

“Os dois países vão provavelmente continuar em competição durante vários anos. Mas se se puder reduzir um pouco as tensões e anular as taxas alfandegárias aplicadas desde o ano passado, encontrar-nos-emos numa situação em que a economia vai continuar a crescer o suficiente para permitir às empresas pagar dividendos e reembolsar as suas dívidas”, observou Karl Haeling, da LBBW.

“Ao mesmo tempo, como nunca se está ao abrigo de uma inversão de posições por parte de Trump, as empresas vão continuar hesitantes e a inflação deve continuar em nível suficientemente baixo para não obrigar a Fed a subir as suas taxas”, acrescentou. “É uma situação em que todos ganham”, insistiu.