Os jogadores de futebol e o treinador resgatados há um ano de uma gruta na Tailândia homenagearam o mergulhador que morreu durante a operação de resgate internacional, acompanhada em todo o mundo.

Saman Kunan, antigo membro da Marinha da Tailândia, morreu enquanto mergulhava, ao mesmo tempo que transportava material para a caverna inundada.

“Hoje é um dia muito importante para nós porque Saman é como um segundo pai para nós”, declarou Adul Sam-On, um dos doze adolescentes, na cerimónia organizada um ano após a tragédia.

Centenas de pessoas oraram em frente à estátua erguida em memória de Saman Kunan, considerado um herói, num museu dedicado ao resgate perto da caverna de Tham Luang, que permanece fechada ao público.

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A equipa de futebol e o seu treinador também agradeceram todos os esforços realizados durante a operação de salvamento numa cerimónia religiosa.

“Quero dar graças aos meios, ao público, aos nossos vizinhos em Mae Sai e às autoridades”, disse à imprensa o treinador Eakapol Chanthawong, que também agradeceu pela ajuda internacional dada durante o resgate.

Vestidos com camisas amarelas, os doze rapazes e o agora ex-treinador de futebol participaram num ritual de oferendas a monges, junto à gruta Tham Luang, onde ficaram presos a 23 de junho de 2018, perto da aldeia de Mae Sai, na província de Chiang Rai.

A gruta, que está agora fechada ao público, converteu-se num lugar de peregrinação para turistas e curiosos.

Os menores, com idades entre os 11 e 16 anos, e o treinador, de 25 anos, ficaram presos durante mais de duas semanas na gruta depois de esta ter ficado inundada parcialmente devido à chuva.

Durante a operação de resgate, foram reunidos vários meios nacionais e internacionais, com a participação de 1.300 pessoas de várias nacionalidades.

Guiados pelo treinador, os rapazes recorriam à meditação para acalmarem os nervos e pouparem energia, o que os ajudou a sobreviver a um ambiente frio e húmido.

O grupo foi encontrado pelos mergulhadores britânicos a 2 de julho numa gruta escura, onde sobreviveram sem alimentos e bebendo a água infiltrada das paredes.

Entre os dias 8 e 10 de julho, os jovens, que não sabiam nadar, foram retirados por mergulhadores através de caminhos com quatro quilómetros.

Cada rapaz levou em média três horas para sair da gruta, com o auxílio da equipa de resgate.

Foram escritos pelo menos dois livros sobre o resgate da equipa de futebol e do seu treinador e a história será retratada numa produção da Netflix.

Dois meses após o resgate, três jogadores e o treinador, que pertenciam a minorias étnicas, receberam a nacionalidade tailandesa.