O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou na segunda-feira ter violado uma jornalista na década de 1990, numa entrevista ao site político norte-americano The Hill.

“Eu vou dizer isto com muito respeito: antes de mais nada, não é o meu tipo de mulher, em segundo lugar, nunca aconteceu, nunca aconteceu, ok?”, disse o Presidente dos EUA.

“Uma mentira completa”, insistiu Trump. “Eu não sei nada sobre essa mulher, é uma coisa terrível que as pessoas possam fazer tais acusações”, acrescentou.

Carroll, em entrevista à CNN, respondeu a Trump: “Adoro o facto de não ser o tipo de mulher dele”, disse.

E. Jean Carroll considera avançar com queixa policial contra Trump

Carroll disse na segunda-feira que está a considerar fazer queixa de Trump à Polícia de Nova Iorque. A jornalista diz que está disponível para trabalhar com aquela força policial numa investigação criminal ao alegado ataque.

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No entanto, e de acordo com o The Guardian, os advogados de Carroll já a informaram que o prazo para apresentar queixa para o alegado crime já prescreveu.

Jornalista E. Jean Carroll afirma que foi vítima de abuso sexual por parte de Donald Trump há 23 anos

A jornalista E. Jean Carrol acusou Trump de agressão sexual ocorrida há 23 anos num provador da loja de venda de artigos de luxo Bergdorf Goodman, em Nova Iorque. Carroll, que passa a ser a 16.ª mulher a acusar Trump de um crime sexual, explicou à New York Magazine por que razão demorou tanto tempo a contar o sucedido.

“Receber ameaças de morte, ser retirada à força de casa, ser despedida, arrastada pela lama e juntar-me a 15 mulheres que divulgaram casos credíveis sobre o homem que agarrou, importunou, menosprezou, espancou, molestou e agrediu, apenas para o ver torcer, negar, ameaçar e atacá-las, não me parece nada divertido. Além disso, sou uma cobarde”, explicou.