As carrinhas continuam a ter lugar no mercado, viradas sobretudo para os condutores que, necessitando de espaço e privilegiando a versatilidade, não morrem de amores pelos SUV, os veículos que hoje estão na moda, mas que são tradicionalmente mais altos, menos aerodinâmicos e mais pesados. E a arma que a Peugeot esgrime para atrair condutores e respectivas famílias é a nova 508 SW.

A carrinha SW deriva directamente da berlina 508 francesa, sendo idêntica até ao pilar B, o central, para a partir daí manter as formas fluídas, mas exibir um tejadilho mais plano, de forma a assegurar um maior espaço interior. As portas sem aros continuam presentes, mas a maior altura atrás torna menos complicado aceder ao banco traseiro na SW. Lá atrás há uma bagageira maior, cujos 530 litros ultrapassam folgadamente os 487 da berlina, garantindo a versatilidade que muitos procuram nos SUV, uma vez que o volume para alojar objectos pode crescer até 1.780 litros, com o rebatimento do banco posterior.

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As mecânicas disponíveis na carrinha 508 são as mesmas que já conhecíamos na berlina, com ênfase nos motores a gasóleo, do 1.5 BlueHDi com 130 cv ao 2.0 BlueHDi, com 160 cv e 180 cv. Em alternativa, com preços mais acessíveis mas custos de utilização mais elevados (devido aos consumos mais elevados, de um combustível que ainda é um pouco mais dispendioso), surgem os motores a gasolina, os 1.6 PureTech com 180 cv e 225 cv.

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Mas o motor que a Peugeot mais necessita, para cumprir com os 95 g de CO2/km impostos para 2020, é o híbrido plug-in (PHEV) que vai estar disponível antes do final de 2019. A ser oferecido na berlina e na carrinha, esta versão associa o 1.6 PureTech de 180 cv a um motor eléctrico de 110 cv para, em conjunto, assegurarem 225 cv. De caminho permite ainda acesso às ajudas governamentais para os PHEV, consumos médios mais baixos e, curiosamente, apenas 40 km em modo eléctrico, dada a bateria com uma capacidade de 11,8 kWh.

Tivemos a oportunidade de conduzir a nova carrinha 508 numa incursão pelo Alentejo, com ida e volta à barragem do Alqueva. Não há diferenças no conforto, entre o 508 e o 508 SW, tal como não existe em termos de comportamento, aqui residindo a grande vantagem da carrinha face aos SUV. É efectivamente mais leve do que um SUV de comprimento similar, sendo igualmente mais baixa e logo mais aerodinâmica, o que se traduz por mais velocidade e menores consumos.

Isto em auto-estrada, pois quando chegaram as curvas, a carrinha revelou os trunfos devidos ao centro de gravidade mais baixo que exibe. Mais ágil e eficiente, o 508 SW parece um carro de competição face aos SUV, aqui residindo a aposta da marca francesa para os condutores que gostam de conduzir e retirar algum prazer da utilização em estrada.

A nova 508 SW está disponível entre nós, sendo proposta por um valor que, em média, é 1.500€ mais elevado do que a berlina equivalente. Isto coloca-a a partir de 37.200€, para a versão diesel mais acessível, equipada com motor 1.5 BlueHDi com 130 cv e nível de equipamento Active. Para as empresas e particulares, a marca francesa propõe alugueres a partir de 429€ por mês.