A Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (ANASO), organização não-governamental com 25 anos de atividade, queixou-se esta quarta-feira da “não atribuição do estatuto de instituição de utilidade pública”, afirmando ser um órgão de “indiscutível participação social”.

Numa mensagem do presidente da mesa da assembleia-geral do órgão, apresentada esta quarta-feira pela sua presidente de direção, Teresa Cohen, na abertura de um encontro nacional da instituição, a ANASO lamentou que documentos com a pretensão de ascender àquele estatuto “continuem parados no Ministério da Justiça”.

“Apesar de estarmos a trabalhar há 25 anos e existirem outras organizações com menos tempo, menos influência social, menos intervenção e que já são instituições de utilidade pública, os nossos documentos continuam parados no Ministério da Justiça”, disse.

Com mais de duas décadas de atividades voltadas para a prevenção e combate ao VIH/Sida, que em Angola afeta 310.000 pessoas, entre adultos, crianças e mulheres grávidas, a organização não-governamental revelou igualmente que não tem sede própria.

“Não temos sede própria apesar de sermos o rosto visível na defesa dos direitos dos seropositivos, dando voz aos sem voz e nem sempre conseguimos das entidades públicas o suporte para realizar as atividades”, adiantou.

No encontro que será também marcado pela realização de uma assembleia de membros para eleição dos novos órgãos sociais, a ANASO analisa o seu relatório de contas de 2018 e o seu programa de ação para o quadriénio 2019-2023.

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