Foi descoberta uma nova falha no sistema do Boeing 737 Max que poderia empurrar o avião para baixo, de acordo com a CNN. Esta falha  deverá atrasar o retorno da aeronave ao serviço.

As versões mais recentes Boeing 737 foram retiradas de circulação em março, após dois acidentes — o voo 610 da Lion Air e o voo 302 da Ethiopian Airlines — que mataram 346 pessoas.

Enquanto os acidentes estão sob investigação, relatórios preliminares mostraram que um novo sistema de estabilização empurrou ambos os aviões para profundidades abruptas, das quais os pilotos não conseguiram recuperar. A Boeing anunciou que poderia quebrar a cadeia de eventos que levou a ambos os acidentes, desenvolvendo uma correção de software que limitaria a potência desse sistema de estabilização.

Nos testes de simulação, pilotos do governo descobriram que uma falha no microprocessador poderia empurrar a parte da frente do avião em direção ao chão. Os engenheiros da Boeing estão agora a tentar resolver o problema, o que levou a outro atraso na recertificação do 737 Max.

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“A segurança dos nossos aviões é a maior prioridade da Boeing. Estamos a trabalhar em estreita colaboração com a FAA (Administração da Aviação Federal) para devolver com segurança o MAX ao serviço”, disse a Boeing em comunicado.

Segundo a CNN, os engenheiros da Boeing estão a tentar determinar se o problema do microprocessador pode ser corrigido por reprogramação de software ou se será necessária uma substituição dos microprocessadores físicos em cada aeronave 737 Max.

Um porta-voz da FAA disse à CNN que “o processo da FAA foi concebido para descobrir e destacar os riscos potenciais. A FAA descobriu recentemente um risco potencial que a Boeing deve mitigar”.

Mais de 300 aviões Boeing 737 Max podem ter defeitos de fabrico