O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou este sábado que combinou com a Arábia Saudita prolongar o acordo de corte da produção de petróleo, para suster as cotações do crude da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

“Colocamo-nos de acordo. Vamos prolongar este acordo, a Rússia como a Arábia Saudita. Durante que período? Vamos refletir. Por seis ou nove meses. É possível que vá até aos nove meses”, declarou Putin aos jornalistas, à margem da cimeira do G20 em Osaka, Japão.

O prolongamento deverá ser oficializado na terça-feira em Viena, durante uma reunião entre os ministros dos 14 Estados membros da OPEP, incluindo a Arábia Saudita, e os outros dez parceiros liderados pela Rússia, que assinaram o acordo para cortar a produção de petróleo, para suster as cotações do barril de crude no mercado internacional.

A OPEP e os dez aliados, que representam metade da produção mundial de petróleo, decidiram em dezembro cortar a atividade em 1,2 milhões de barris por dia e a estratégia funcionou, já que o preço do barril subiu cerca de 30% no primeiro trimestre, antes de estabilizar.

“Acreditamos que os nossos acordos de estabilização da oferta (…) tiveram um efeito positivo”, afirmou Putin numa entrevista ao Financial Times publicada esta semana, assegurando que os países produtores iriam procurar em Viena manter a “estabilidade” do mercado, confrontado com um excesso de oferta e uma baixa procura.

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