No mês de junho, os tempos médios de atendimento das chamadas no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) chegaram a atingir uma média de oito minutos, quando a recomendação é para que as chamadas não demorem mais de sete segundos a ser atendidas.

A notícia é avançada esta segunda-feira pelo JN (link ainda indisponível), que teve acesso a dados internos do INEM, e que adianta que foram registados vários problemas nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). A principal falha apontada prende-se com a falta de recursos humanos. Todos os dias há menos técnicos de emergência pré-hospitalar a trabalhar do que aqueles que estão escalados.

A esta problema acresce o facto de terem sido registados “picos de serviço”, ou seja, um fluxo anormal de chamadas. Numa resposta enviada ao diário, o INEM diz que estes números são “situações absolutamente pontuais que representam exceções àquela que é a atuação dos CODU”. Certo é que ao longo do mês de junho perderam-se quase dez mil chamadas, das quais só metade foi recuperada, desconhecendo-se o que ter estado na origem das restantes chamadas.

A título de exemplo, o Jornal de Notícias revela ainda que, na passada quarta-feira, o deputado socialista Joaquim Barreto começou a sentir-se mal depois da sessão plenária. Queixava-se de uma dor no peito e os seus colegas temiam que pudesse tratar-se de um ataque cardíaco. Perante o cenário, foi chamada uma ambulância ao Parlamento pouco antes das 20h00. O estado clínico do deputado de 68 anos parecia estar a piorar e foi apenas ao terceiro contacto que o INEM decidiu acionar a viatura médica de emergência e reanimação (VMER).

Quando a ambulância chegou finalmente ao pé de Joaquim Barreto tinha passado cerca de meia hora. Mais tarde chegou o diagnóstico, que afastou o pior cenário — tratou-se de uma costocondrite, uma inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao esterno.

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