O governo chinês considerou “totalmente intoleráveis” os protestos que incluíram a invasão da sede do parlamento em Hong Kong, por parte dos manifestantes que há várias semanas combatem a polémica proposta de lei de extradição.

Num comunicado transmitido através da agência noticiosa estatal Xinhua, a dependência do governo chinês em Hong Kong disse-se “chocada e indignada”, condenando “veementemente” o cerco à sede do parlamento.

Alguns elementos extremistas recorreram a violência excessiva para invadir o edifício e levaram a cabo uma série de abusos. Os seus atos violentos são um desafio gritante ao estado de direito em Hong Kong e colocam em risco a paz e a estabilidade em Hong Kong. É totalmente intolerável”.

A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, também condenou, ao final do dia de segunda-feira, os manifestantes que invadiram e vandalizaram a sede do parlamento, mas mostrou-se disposta a dialogar com todos os setores, inclusivamente com a juventude que tem liderado os protestos.

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[Vídeo: manifestantes invadem Assembleia Legislativa de Hong Kong]

A chefe do Executivo disse sentir-se zangada e triste com a violência e o caos causado pelo protesto sem precedentes de segunda-feira e voltou a não dar qualquer indicação de que irá retirar definitivamente a lei da extradição que está na génese das quatro manifestações expressivas que se realizaram este mês no território.

Centenas de manifestantes partiram vidros e destruíram gradeamento para entrar na sede do parlamento. vez lá dentro, pintaram ‘slogans’ nas paredes, reviraram arquivos nos escritórios e espalharam documentos no chão.