Um ex-responsável político norueguês, Svein Ludvigsen, foi condenado a cinco anos de prisão por ter abusado sexualmente durante vários anos de três refugiados que pediam asilo, anunciou na quarta-feira o ministério público daquele país.

Ludvigsen, de 72 anos, admitiu ser culpado de ter usado o seu cargo de prefeito da região (equivalente a presidente de câmara municipal) para explorar a vulnerabilidade de três refugiados que pediam asilo ao país e aproveitar-se sexualmente deles.

As vítimas são hoje homens com idades entre os 25 e os 34 anos, um dos quais sofre de uma ligeira deficiência mental.

Os abusos aconteceram em vários locais, desde a sua casa a hotéis e mesmo na prefeitura de Tromsø (Norte da Noruega) entre 2011 e 2017, de acordo com a sentença do tribunal, citada pela agência de notícias francesa AFP.

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As três vítimas explicaram em tribunal que Svein Ludvigsen chegou a oferecer-lhes emprego, casa e outras coisas em troca de relações sexuais e dois deles admitiram ter tido medo de perder a autorização de residência se não satisfizessem os pedidos do ex-político.

Apesar de até agora ter negado todas as acusações, Svein Ludvigsen acabou por admitir, no julgamento, que teve relações sexuais com um deles em três ocasiões, em Oslo, relatou a imprensa norueguesa.

Antes de se tornar prefeito, este ex-líder conservador ocupou cargos políticos nacionais, incluindo o de ministro das Pescas entre 2001 e 2005.

Ludvigsen foi preso no início de 2018, mas foi libertado cinco semanas depois, tendo voltado a ser acusado em novembro.

O seu advogado, Kai Vaag, disse esta quinta-feira à imprensa norueguesa ter intenção de recorrer da decisão.