A Assembleia da República discute na sexta-feira uma petição, com mais de 31 mil assinaturas, que reivindica a expansão do metropolitano de Lisboa às cidades de Loures e de Sacavém.

Esta petição tinha sido lançada pela Câmara Municipal de Loures, no distrito de Lisboa, em junho de 2017, em formato ‘online’ e papel, e defende a concretização da extensão do metro a Santo António dos Cavaleiros, Loures, Infantado, Portela e Sacavém.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), ressalvou que apesar do tempo de espera entre a entrega do documento na AR e a sua discussão ter sido “demasiado longo” surge num “momento oportuno”.

“Vamos ter a oportunidade de ter esta discussão num momento em que se tem de tomar as posições fundamentais em relação aos grandes projetos de infraestruturas, nomeadamente em transportes públicos”, apontou o autarca.

Bernardino Soares referiu que Loures “é o único concelho limítrofe que não tem nenhuma alternativa eficiente e acessível de transporte em carril, obrigando dezenas de milhares de pessoas a utilizar o transporte rodoviário ou viatura particular.

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“Esta situação tem elevados custos económicos e ambientais, degrada a qualidade de vida da população afetada e constitui um entrave ao desenvolvimento do concelho”, argumentou, sublinhando que também os habitantes da zona oeste e de Vila Franca de Xira poderiam beneficiar da chegada do metro a Loures.

A discussão desta petição é feita no mesmo dia em que o parlamento também discute e vota recomendações do PSD, PCP, BE, “Verdes” e PAN para a expansão da rede do metro de Lisboa até Loures, todas elas com críticas à opção pela construção da linha circular.

O Governo anunciou em maio de 2017 que o Metropolitano de Lisboa irá ter mais duas estações – Estrela e Santos -, num investimento de 210 milhões de euros até 2023. Estão ainda previstas novas estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.

De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, em Lisboa está prevista uma ligação da estação do Rato (atual Linha Amarela) ao Cais do Sodré (Linha Verde), com duas novas estações na Estrela e em Santos.

Contudo, o atual traçado da Linha Amarela, que liga as estações de Odivelas ao Rato, irá, segundo o novo plano, sofrer alterações de percurso e passará a integrar também a estação de Telheiras (Linha Verde).

Assim, segundo o novo plano, a Linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Verde, que irá assumir um trajeto circular.