Foi declarado o estado de emergência na Califórnia, Estados Unidos, após um sismo de magnitude 7,1 na escala de Richter ter atingido neste sexta-feira o sul desse estado norte-americano. O abalo provocou alguns feridos e obrigou ao corte de estradas, um dia depois de outro forte terramoto de magnitude 6,4 ter abalado a região. Gavin Newsom, governador da Califórnia, pediu à população para estar à espera de mais abalos ao longo do fim de semana.
“Agradecido por toda a gente que trabalha sem parar no esforço de recuperação ao longo da noite e esta manhã. Enquanto californianos, temos sempre de estar preparados para o próximo terramoto”, escreveu ele no Twitter.
Grateful for everyone working tirelessly on the recovery effort through the night and this morning. As Californians, we always have to be prepared for the next earthquake. Make sure you’re prepared here:https://t.co/huzttG2Y11
— Gavin Newsom (@GavinNewsom) July 6, 2019
A cidade de Ridgecrest, no condado de Kern, foi a mais afetada — tal como tinha ocorrido na quinta-feira. A porta-voz do Corpo de Bombeiros do condado de Kern, Megan Person, disse que foram registados “múltiplos feridos e incêndios” e salientou que foi aberto um centro de abrigo de emergência, mas não forneceu mais detalhes.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o sismo ocorreu às 20h19 de sexta-feira (4h19 de sábado em Lisboa), a cerca de 18 quilómetros da cidade de Ridgecrest, onde na quinta-feira foi registado um terramoto de magnitude 6,4.
Prelim M7.1 Earthquake 35.767, -117.605 Jul-06 03:19 UTC, updates https://t.co/uVJBfBodUN
— USGS Big Quakes (@USGSBigQuakes) July 6, 2019
A agência norte-americana Associated Press (AP) disse que o tremor abalou o centro da cidade durante 30 segundos e foi sentido em Las Vegas, a quase 400 quilómetros, e no México.
Em Los Angeles, foram mobilizados 1.000 bombeiros para responder à emergência, embora não haja relatos de vítimas ou danos substanciais na cidade.
Gavin Newsom já pediu apoio a nível federal e as autoridades californianas estão em alerta máxima. “Temos relatos significativos de incêndios estruturais, a maioria resultantes de fugas de gás ou de rompimentos de ligações de gás”, afirmou o diretor do departamento de serviços de emergência estatal, Mark Ghilarducci, numa conferência de imprensa já durante a madrugada.
Este é o maior sismo registado no sul da Califórnia em mais de duas décadas. O sismo mais forte registado nas últimas décadas antes do de quinta-feira tinha ocorrido em 20 de setembro de 1995, e teve magnitude de 5,8.
Vídeos partilhados através das redes sociais mostram o momento do sismo:
https://twitter.com/ZedLep67/status/1147493690652471297
EARTHQUAKE: A powerful 7.1 earthquake shook Southern California late Friday, one day after a 6.4 magnitude earthquake rocked the region on the Fourth of July.https://t.co/C9JE4m5SJU pic.twitter.com/AfxFaEv6U1
— ABC News (@ABC) July 6, 2019
Earthquake again pic.twitter.com/bztEh9JEtt
— Michael Scott Woodcock (@ny2socali) July 6, 2019
Uma das imagens mais marcantes do sismo foi a da transmissão do noticiário da estação de televisão CBS Los Angeles. Os dois pivôs encontravam-se em estúdio em direto no momento do sismo e tiveram de interromper a emissão para se refugiar debaixo da secretária.
Inicialmente, o Serviço Geológico dos Estados Unidos divulgou a informação de que o sismo tinha tido a magnitude de 6,9 na escala de Richter, tendo depois atualizado a informação.
O mesmo serviço, responsável pela monitorização dos sismos nos EUA, alerta para a possibilidade de existirem mais sismos de magnitude superior a 6 nos próximos dias.