O Papa pediu este domingo a organização de corredores humanitários para ajudar os migrantes mais vulneráveis, apelando à indignação da comunidade internacional perante ataques como o do bombardeamento de um centro de migrantes, ocorrido na terça-feira, na Líbia.
“Embora tenham passado alguns dias, convido-vos a rezar pelas pobres pessoas desarmadas assassinadas ou feridas num ataque aéreo que atingiu um centro de migrantes na Líbia”, convidou Francisco, durante a oração do Angelus dominical.
Perante os fiéis na praça de São Pedro, o Papa considerou que “a comunidade internacional não pode tolerar acontecimentos tão graves”.
“Rezo pelas vítimas. Que o Deus da paz acolha os defuntos. Espero que se organizem de uma forma ampla e concertada corredores humanitários para os migrantes mais vulneráveis”, acrescentou.
Durante o Angelus, Francisco também recordou as vítimas dos recentes ataques no Afeganistão, Mali, Burkina Faso e Níger.
Segundo a ONU, 56 pessoas morreram e 130 ficaram feridas na sequência de um ataque aéreo que atingiu, na noite da passada terça-feira, um centro de detenção de migrantes nos arredores da capital líbia, Trípoli.
Em comunicado, o Governo responsabilizou pelo ataque o Exército Nacional Líbio (ENL, do marechal Khalifa Haftar) que mantém há três meses uma ofensiva para conquistar a capital, mas Khalifa Haftar negou qualquer responsabilidade.