O Conselho do BCE esteve amplamente de acordo na reunião de junho de que “precisava estar pronto e preparado para relaxar mais a política monetária ajustando todos os instrumentos” devido ao aumento da incerteza, foi anunciado nesta quinta-feira nas minutas relativas a essa reunião.

Nas atas da reunião de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) em Vilnius em junho, divulgadas nesta quinta-feira, a instituição afirma que as medidas consideradas incluem voltar a comprar dívida, descer as taxas de juro e prolongar mais a orientação que faz sobre a política monetária.

No início de junho, o BCE afirmou esperar que as taxas de juro se mantenham nos níveis atuais pelo menos até ao primeiro semestre de 2020, voltando assim a adiar a subida das taxas de juros dos depósitos.

“Estas medidas são apropriadas no atual ambiente económico e proporcionarão a expansão monetária necessária para que a inflação suba para níveis abaixo, mas próximos, de 2%”, sublinhou o economista chefe do BCE, Philip Lane, na reunião.

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“O Conselho deve estar determinado a atuar em caso de contingências adversas”, adiantou Lane.

O economista chefe do BCE indicou que as condições financeiras pioraram “marginalmente” desde a reunião de abril devido “à nova escalada das tensões comerciais”.

Contudo, ao mesmo tempo, as condições dos empréstimos bancários para empresas e famílias continuam a ser muito favoráveis.

O BCE assegura que está determinado a atuar e que se prepara para “contingências adversas” no futuro.

Lane sublinhou que os dados económicos do primeiro trimestre foram melhores do que o esperado, em parte devido a fatores temporários, mas que o fraco comércio mundial e as incertezas continuam a comprometer o crescimento da zona euro.