O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta sexta-feira à comunidade internacional mais apoio para a reconstrução das infraestruturas destruídas pelos ciclones Idai e Kenneth em Moçambique, assinalando que a ajuda até agora anunciada é insuficiente.

“Toda a ajuda que foi até agora anunciada não é suficiente, a reconstrução vai exigir muito mais“, enfatizou António Guterres, em declarações aos jornalistas, no final de um encontro com Daviz Simango, autarca da Beira, centro de Moçambique.

Beira, capital da província de Sofala, foi devastada pela passagem do ciclone Idai em março último e recebeu nesta sexta-feira a visita do secretário-geral das Nações Unidas, que foi ver pessoalmente as consequências da calamidade.

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António Guterres frisou que a resposta da comunidade internacional deve corresponder à coragem e determinação com que o povo moçambicano enfrentou a força das duas calamidades naturais.

A ajuda internacional à reconstrução deve ter em conta a necessidade que o país tem de “criar uma capacidade de resistência para novas fatalidades no futuro”, destacou o secretário-geral da ONU.

Na sequência da passagem dos ciclones Idai e Kenneth no centro e norte de Moçambique e das cheias que os acompanharam, o país conseguiu promessas de 1,2 mil milhões de dólares (pouco mais de mil milhões de euros) da comunidade internacional, dos 3,2 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) necessários para a reconstrução, faltando suprir um défice de dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros).

António Guterres deslocou-se nesta sexta-feira à Beira, no âmbito da visita de três dias que realiza a Moçambique, para ver de perto os estragos provocados pelo Idai e Kenneth.