Os principais torneios mundiais de ténis foram vendo os anos passar por Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer como se nada fosse e o trio voltou a dar uma prova cabal de como a Next Gen ainda terá de esperar algum tempo até dar o passo em frente na sua afirmação. No entanto, como na própria história, há sempre espaço para um quarto mosqueteiro e em Wimbledon foi o espanhol Roberto Bautista que representou esse papel. Na meia-final, o protagonismo que teve ao longo de quase duas semanas caiu frente a um Djokovic ao melhor nível. Mas todos acabaram com razões para sorrir.

No primeiro jogo do dia, o número 1 do ranking mundial não deu hipóteses apesar de ter cedido ainda um set, terminando com a vitória por 6-2, 4-6, 6-3 e 6-2 que lhe valeu a sexta final em Wimbledon – onde irá procurar a quinta vitória, depois dos sucessos em 2011, 2014, 2015 e 2018 (perdeu apenas um jogo decisivo com Andy Murray, em 2013). No lado de Bautista, que chegou pela primeira vez a uma meia-final de um Grand Slam depois de já ter atingido os quartos no Open da Austrália no início do ano, este não deixa de ser o melhor resultado da carreira aos 31 anos e que lhe valerá uma subida na classificação do ATP.

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Ainda assim, o espanhol tão cedo não esquecerá este “casamento” com Wimbledon onde ficou à beira de se tornar no terceiro jogador do país a chegar à final do torneio inglês, depois de Manuel Santana e Rafael Nadal: como o próprio Bautista contou após o triunfo frente a Pella nos quartos, já tinha passagens e estadia marcada em Ibiza com seis amigos para a sua despedida de solteiro, algo que acabou por adiar pelo sucesso desportivo… e com mais de 500 mil euros de prémio pela primeira meia-final da carreira, com a curiosidade de ter em Grand Slams melhores resultados na relva e em piso rápido do que na terra batida.

Agora, Djokovic, que esta temporada já tinha perdido duas vezes com Bautista em piso rápido (Doha e Miami), fica à espera do vencedor do jogo grande desta fase entre Roger Federer e Rafa Nadal – com a particularidade de já ter derrotado o suíço (2014 e 2015) e o espanhol (2011) no encontro decisivo no All England Club sem qualquer derrota a registar pelo meio. E o sérvio já assumiu que quer ver esse duelo… também por ser um amante de ténis. “Também sou um fã deste duelo. Federer-Nadal é uma das rivalidades mais épicas de todos os tempos e vai ser fantástico poder ver o jogo deles”, assumiu.

De acrescentar que Djokovic aumentou para 12-1 o registo recente em meias-finais do Grand Slam, tendo sido apenas derrotado por Dominic Thiem na última edição de Roland Garros que acabaria por ser ganha por Rafa Nadal pela 12.ª vez. Esta será a 25.ª final do atual melhor do mundo em Majors, tendo um registo positivo de 14 vitórias e dez derrotas.