Um carro bomba explodiu após invadir a entrada do hotel Asasey, no sul da Somália, esta sexta-feira, provocando pelo menos sete mortos, segundo a BBC. A explosão foi seguida por um disparos sobre a porta do hotel feitos pelo homem que teria dirigido o veículo. Segundo um porta-voz do grupo islâmico, Abdiasis Abu Musab, ainda estarão atacantes dentro do hotel, onde existem corpos de diversas pessoas mortas.

No hotel recebia encontro de políticos e representantes locais quando o ataque ocorreu. Entre os mortos estão a jornalista televisiva Hodan Naleyeh, 43 anos, oriunda do Canadá e da Somália, que tinha voltado ao país recentemente, e o seu marido, além de um ex-ministro da administração local e um deputado, adianta a cadeia britânica. Naleyeh era uma figura muito conhecida no país. Mohamed Omar Sahal, 35 anos, é o outro jornalista entre as vítimas.

O grupo islâmico Al Shabab assumiu responsabilidade do ataque ao hotel, localizado no porto de Kismayo. Este grupo tinha sido afastado deste região desde 2012, mas continua ativo no centro e sul do país, devido à utilização do porto como fonte de importação e captação de impostos ilegais e comércio de armas, disse a agência britânica. A capital tem sido um alvo frequente de ataques,  apesar da forte presença dos militares da African Union e de tropas somalis treinadas pelos EUA na região.

A questão estava a ser abordada no encontro que juntou no hotel políticos e representantes de clãs locais. A agência de notícias Somali National News revelou que o primeiro-ministro somali Hassan Ali Khaire condenou o ataque.

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