A contagem decrescente já começou. Tudo a postos. Faltam 56 minutos para o lançamento da ambiciosa missão lunar da Índia. Mas… alerta! Há uma “falha técnica” e o veículo não pode descolar. Missão adiada e nova data por anunciar.

Assim foi a primeira tentativa do lançamento da missão lunar Chandrayaan-2 na madrugada desta segunda-feira. O sonho do país de aterrar no inexplorado “Polo sul” da Lua não correu como previsto e fica, por agora, em pausa. O veículo — com a altura de um prédio de 14 andares — deveria ter descolado do centro espacial Sriharikota, a norte de Chennai, às 2h51 locais. Mas algo não correu bem e a Indian Space Research Organisation esclarece no Twitter que se tratou de uma “falha técnica”.

Detetámos uma falha no lançamento do veículo uma hora antes do lançamento. Como medida de precaução, o lançamento da Chandrayaan-2 foi cancelado por hoje”, escreveu a agência no Twitter.

A agência explicou também que vai anunciar uma nova data para o lançamento em breve. O “falhanço” da Índia coincide com o 50º aniversário da missão Apollo 11, a missão que levou o Homem à Lua pela primeira vez na História.

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A Chandrayaan-2 — que significa “veículo lunar” — pesa 3,8 toneladas e iria levar dois meses a chegar à Lua. É a sucessora da Chandrayaan-1, a primeira missão lunar indiana, que remonta a 2008. Na altura, a missão ajudou a comprovar a presença de água na Lua, mas não chegou a aterrar na superfície.

Desta forma, a os Estados Unidos, a Rússia e a China mantêm-se como as únicas nações a chegarem à Lua. Mas a Índia queria tentar algo novo: explorar o lado sul da Lua. Quando descolar, a nave vai passar duas semanas a explorar este terreno em busca de informação acerca da composição mineral e química da Lua. Ao mesmo tempo, a missão vai tentar procurar água na superfície lunar.

Os programas espaciais indianos têm sido desenvolvidos ao longo da última década e em especial pelo primeiro-ministro Narendra Modi, que quer ver a Índia assumir um papel de potência mundial. O país tem desenvolvido também armas e mísseis espaciais e quer enviar o homem à Lua em 2022.