O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, criticou nesta quarta-feira as queimadas descontroladas realizadas pelas comunidades nos arredores da Reserva Especial de Maputo, considerando que a prática ameaça os animais e o ambiente.

“Há ciclones e há ventos que afetam o país precisamente porque nós andamos a queimar e a destruir árvores”, disse Filipe Nyusi, falando durante o lançamento do programa “Um distrito, um hospital”, na província de Maputo.

As comunidades pobres de Matutuine, distrito que alberga a Reserva Especial de Maputo, recorrem a queimadas descontroladas nas matas para caçar animais, uma estratégia que, associada a agricultura de subsistência, tem sido a base para alimentação de várias famílias.

Para o chefe de Estado moçambicano, além de afugentar os animais daquela área de conservação, a prática coloca em risco o potencial turístico da região.

“Nós temos de ter o sentido de pertença. Nós queremos desenvolver Matutuine. Não nos façam retroceder”, acrescentou o Presidente moçambicano, lembrando que queimar áreas protegidas é “um crime”.

Ocupando uma área de 1.040 quilómetros quadrados, a Reserva de Maputo foi estabelecida em 1960 e está localizada a 68 quilómetros do centro da cidade de Maputo.

O governo moçambicano e parceiros têm estado a implementar vários projetos para a restauração do balanço do ecossistema nesta área, considerada um santuário da vida selvagem na parte fronteiriça entre Moçambique e África do Sul.

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