Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Mundo / Maputo Seguir PR moçambicano critica queimadas descontroladas nos arredores da Reserva Especial de Maputo Queimadas são realizadas pelas comunidades de moradores nos arredores da Reserva como estratégia de caça que, associada à agricultura de subsistência, tem sido a base para alimentação das famílias. Agência Lusa Texto 17 Jul 2019, 13:07 i ▲O governo moçambicano e parceiros têm estado a implementar vários projetos para a restauração do balanço do ecossistema nesta área, considerada um santuário da vida selvagem na parte fronteiriça entre Moçambique e África do Sul ANTÓNIO SILVA/LUSA ▲O governo moçambicano e parceiros têm estado a implementar vários projetos para a restauração do balanço do ecossistema nesta área, considerada um santuário da vida selvagem na parte fronteiriça entre Moçambique e África do Sul ANTÓNIO SILVA/LUSA O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, criticou nesta quarta-feira as queimadas descontroladas realizadas pelas comunidades nos arredores da Reserva Especial de Maputo, considerando que a prática ameaça os animais e o ambiente.“Há ciclones e há ventos que afetam o país precisamente porque nós andamos a queimar e a destruir árvores”, disse Filipe Nyusi, falando durante o lançamento do programa “Um distrito, um hospital”, na província de Maputo. As comunidades pobres de Matutuine, distrito que alberga a Reserva Especial de Maputo, recorrem a queimadas descontroladas nas matas para caçar animais, uma estratégia que, associada a agricultura de subsistência, tem sido a base para alimentação de várias famílias.Para o chefe de Estado moçambicano, além de afugentar os animais daquela área de conservação, a prática coloca em risco o potencial turístico da região.“Nós temos de ter o sentido de pertença. Nós queremos desenvolver Matutuine. Não nos façam retroceder”, acrescentou o Presidente moçambicano, lembrando que queimar áreas protegidas é “um crime”. Ocupando uma área de 1.040 quilómetros quadrados, a Reserva de Maputo foi estabelecida em 1960 e está localizada a 68 quilómetros do centro da cidade de Maputo.O governo moçambicano e parceiros têm estado a implementar vários projetos para a restauração do balanço do ecossistema nesta área, considerada um santuário da vida selvagem na parte fronteiriça entre Moçambique e África do Sul.