A empresa Soflusa, responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa, anunciou esta sexta-feira que as carreiras entre as 7h25 e as 15h00 de sábado não estão asseguradas devido à falta de mestres.

Em comunicado divulgado no seu sítio oficial na internet, a empresa refere que entre as 7h25 e as 14h55, no sentido entre o Barreiro e Lisboa, e entre as 7h55 e às 15h25, no sentido contrário, as ligações não estão asseguradas, estando os horários “sujeitos a confirmação”.

No documento, atualizado às 18h35 de hoje, a Soflusa explica que para sábado o serviço de transporte fluvial é assegurado das 00h05 às 06h50 e das 15h00 às 23h30, no sentido Barreiro/Lisboa, e entre as 00h00 e as 07h15 e entre as 15h25 e as 23h30, no sentido contrário.

A empresa frisa que existe uma rede alternativa de transportes para sábado, explicando que as possíveis supressões se devem à falta de mestres.

A Soflusa anuncia que a oferta vai ser reforçada pela Transtejo, na ligação fluvial do Seixal, durante o período da manhã, existindo um transporte rodoviário entre o Barreiro e o Seixal, sem paragens no percurso, a partir das 5h00 e até às 14h30.

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O parque de estacionamento será gratuito no terminal fluvial do Seixal, a carreira n.º 6 dos Transportes Coletivos do Barreiro faz o percurso entre Barreiro e Coina, onde se localiza a estação ferroviária da Fertagus, e o título de transporte da Soflusa pode ser utilizado nas fluviais de Montijo, Seixal e Cacilhas.

Para domingo, a empresa refere que as carreiras das 11h25 e das 14h25, no sentido Barreiro/Lisboa, e as carreiras das 11h55 e 14h55, também estão sujeitas a confirmação devido à falta de mestres.

Na segunda-feira as ligações das 00h05, 5h20, 7h00, 7h50 e 8h40, no sentido Barreiro/Lisboa, e as ligações das 00h30, 5h50, 7h25, 08h15 e 9h05,também não estão asseguradas pelo mesmo motivo.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa, sendo ambas geridas pelo mesmo conselho de administração.

Na Soflusa, os mestres recusaram o trabalho extraordinário desde o dia 18 de junho, até ao dia 6 de julho, data em que entrou em vigor uma greve ao trabalho extraordinário, exigindo que seja respeitado o acordo, celebrado em 31 de maio, para aumentar o prémio de chefia, que dizem ter sido, entretanto, “suspenso”.

A decisão de aumentar o prémio dos mestres, em cerca de 60 euros, levou a que sindicatos de outras categorias profissionais na empresa também avançassem com plenários e pré-avisos de greve, alegando que esta subida causaria uma “desarmonia salarial”.

No dia 17 de junho, na véspera de uma greve marcada pelo Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra, foi anunciado que esta seria suspensa na sequência da subscrição de um protocolo negocial entre a administração da empresa e os sindicatos, com o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante a ser o único que não assinou.

Esta greve ao trabalho extraordinário tem originado a supressão de várias carreiras e afetado milhares de passageiros que todos os dias realizam a travessia entre as duas margens do Tejo.