Oito jogadores, oito carreiras distintas, oito curiosidades, um ponto em comum: terem passado por Benfica, FC Porto e Sporting. Eurico Gomes, antigo defesa internacional português, conseguiu não só ser campeão nos três “grandes” como realizar o mesmo número de jogos no Campeonato em cada um deles (89). Romeu Silva, ex-lateral, esteve mais tarde como adjunto do Sporting e a seguir observador do Benfica. Fernando Mendes e Paulo Futre foram formados em Alvalade, saíram novos e não mais voltaram apesar das tentativas. Derlei e Maniche ganharam a Liga dos Campeões pelo FC Porto em 2004. Oito anos depois, parecia estar tudo encaminhado para haver mais um jogador a conseguir completar o trio de passagem por Benfica, Sporting e FC Porto. No entanto, esta paixão de verão não chegou a passar de um flirt e Fábio Coentrão não vai para os dragões.

Sporting. Como fazer a (segunda) metamorfose de Fábio Coentrão?

O lateral de 31 anos, que está sem contrato depois de ter cumprido a última temporada no Rio Ave (23 jogos, entre Campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga), foi apontado aos azuis e brancos nos últimos dois dias, sobretudo depois de recusar a hipótese de se juntar ao plantel de Abel Ferreira no PAOK de Salónica. Já antes, o Coentrão chegou a ser apontado à Liga da Turquia e mesmo ao Flamengo de Jorge Jesus. O facto de querer continuar em Portugal também pesou nessa decisão.

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Esta quarta-feira, parecia ser praticamente certa a contratação do jogador mediante a realização de exames médicos, num vínculo que deveria ser de duas temporadas. Desta forma, os dragões resolviam mais uma questão em aberto no plantel, neste caso uma alternativa a Alex Telles no lado esquerdo da defesa. Gorado o negócio, essa será uma das prioridades dos azuis e brancos, a par de um guarda-redes (o dossier prioritário nesta fase da pré-época) e mais um médio após as saídas de Herrera e Óliver.

Fábio Coentrão foi expulso no último jogo que fez no Dragão contra o FC Porto pelo Rio Ave (MIGUEL RIOPA/AFP/Getty Images)

Ainda não são conhecidas as razões concretas para o inverter de rumo que o negócio parecia levar, sendo certo que, ao longo do dia, foram públicas as discordâncias entre adeptos do FC Porto na contratação do antigo jogadores de Benfica e Sporting.

A claque Coletivo Ultras 95 deixou uma mensagem na página oficial da claque no Facebook dizendo que não quer interferir “nas contratações do clube nem na gestão do plantel” mas que não concordava com a possível chegada de Fábio Coentrão ao FC Porto. “Pessoas que sempre insultaram e cuspiram os nossos adeptos, festejaram golos com gestos grosseiros, sempre destilaram ódio contra o nosso clube, fosse de vermelho, verde ou outro emblema, que se espumam com insultos racistas a atletas do nosso Clube não podem vestir a nossa camisola! Não entraremos pela vertente desportiva e pela condição física deplorável e temos todos a noção que esta é a opinião unânime dos nossos adeptos e não apenas do nosso grupo. Exigimos respeito pelo FC Porto e pelos seus adeptos e pedimos a quem tem o poder de decidir para não avançar com esta contratação!”, defendeu. Houve também elementos da outra claque, os Super Dragões, que criticaram o texto destacando que o mais importante são os interesses do clube.

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