A Lancia, cuja operação está limitada a Itália, no primeiro semestre do ano registou 34.691 novas matrículas, enquanto a Alfa Romeo, marca que também integra o conglomerado italo-americano Fiat Chrysler Automobiles (FCA), entregou no mesmo período menos 5504 novas unidades a clientes (29.187).

Os dados, avançados pelo Fiat Group World, são ainda mais surpreendentes, se considerarmos que a gama da Lancia está limitada a um modelo, o Ypsilon, enquanto a Alfa Romeo não só opera em mais mercados, como dispõe de mais produtos para aliciar consumidores (4C, Giulietta, Giulia, Stelvio). Apesar disso, comparando com o período homólogo do ano anterior, na primeira metade de 2019, a Lancia viu as suas vendas subirem 28%, enquanto as novas matrículas da Alfa Romeo caíram 42%.

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O que explica este declínio da marca de Arese? Desde logo, o facto de o Giulietta ter ascendido ao estatuto de veterano no segmento C. É um facto que a Alfa tem vindo a refrescá-lo, mas o desempenho comercial do modelo indicia que os clientes estariam mais interessados numa nova geração. Depois, o Stelvio, que continua a ser um dos melhores produtos na sua classe e detentor de vários galardões que o confirmam como uma boa escolha, tem vindo a perder fulgor à medida que os seus concorrentes directos se vão renovando. Por outro lado, o Giulia, em três anos de mercado, não se conseguiu impor verdadeiramente face aos rivais alemães e a prova disso é que a sua trajectória comercial nunca reflectiu as excelentes críticas de que foi alvo quando foi lançado.

A justificar a performance da Lancia estará, desde logo, o facto de o Ypsilon ser a grande aposta da FCA no segmento B em Itália, com os concessionários a procurarem mitigar o facto de o utilitário italiano acusar já oito anos sob a mesma geração com promoções e outros estímulos à compra.

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