A portuguesa Patrícia Mamona acredita que pode melhorar nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 o sexto lugar no triplo salto conseguido no Rio2016, apontando mesmo a um lugar no pódio.

“Se dissesse que era para piorar nem valia a pena ir. Claro que o objetivo é sempre ser melhor, bater o recorde nacional, mas isto é um objetivo de qualquer atleta que vai para os Jogos Olímpicos. O melhor que fiz foi um sexto lugar, mas muito perto do terceiro”, lembrou hoje Patrícia Mamona.

Uma das seis atletas que estiveram presentes numa cerimónia a um ano do início do Jogos, a recente campeã portuguesa de triplo salto diz que é possível chegar ao pódio em Tóquio.

“Acho que pode ser. É tudo muito momentâneo, não adivinho o futuro. Mas o meu objetivo e o trabalho que vou fazer é para isso”, assumiu.

A atleta do Sporting acredita que o triplo salto “vai ser uma competição muito interessante”, pois a disciplina “evoluiu muito”, tanto a nível internacional, como nacional.

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“Temos agora três atletas qualificadas para Doha [Mundiais] e duas para Tóquio. Tudo indica que as três vão estar em Tóquio e isto é uma motivação para nós todas fazermos melhor e representar Portugal da melhor maneira”, disse Patrícia Mamona, que, tal como Evelise Veiga, tem mínimos para as duas provas, com Susana Costa a ter apenas para os Mundiais.

Com a qualificação assegurada, Patrícia Mamona diz estar “mais descontraída”, pois pode “planear com mais calma Tóquio”.

“Entretanto, tenho os Mundiais, que também são uma competição muito importante para mim. É nisso que estou focada neste momento, estar no meu melhor em Doha. Porque o que vai acontecer em Doha é uma réplica do que vai acontecer em Tóquio, mas só é uma réplica se saltar muito, se não em Tóquio vou ter de saltar muito na mesma”, disse.

Se Patrícia Mamona vai para os seus terceiros Jogos Olímpicos, Evelise Veiga vai fazer a estreia e, a um ano do início dos Jogos, começa já a pensar em Tóquio.

“De momento, [o plano] é continuar a trabalhar, focada nas próximas competições, mas sem dúvida já com um olho em Tóquio. Como ainda falta um ano, ainda temos muito trabalho a fazer. Daqui para a frente vai ser o foco em Tóquio e trabalhar o máximo possível”, assumiu.

A jovem, de 23 anos, ainda não pensa em ser a melhor triplista em Portugal, até porque Patrícia Mamona e Susana Costa “ainda vão dar muita luta”.

“Mas qualquer atleta gosta de ser melhor e trabalha para ser o melhor. Sem dúvida, quem sabe se a curto prazo possa ser a melhor”, referiu.

A protagonizar “uma época extraordinária”, na qual já se sagrou campeã portuguesa do salto em comprimento e vice-campeã do triplo salto, Evelise considerou que estes resultados são “fruto de muitos anos de trabalho”.

Além das duas saltadoras, estiveram também na cerimónia, na qual desfilaram com modelos da nova coleção de roupa do Comité Olímpico de Portugal, Rui Bragança (taekwondo), David Tavares (canoagem), Melanie Santos (triatlo) e Paulo Conceição (salto em altura).