O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai representar o Estado português nas cerimónias fúnebres do seu homólogo tunisino, Béji Caïd Essebsi, que decorrem no sábado, em Tunes, anunciou esta sexta-feira a Presidência da República.

O chefe de Estado da Tunísia morreu na quinta-feira aos 92 anos, após ter sido hospitalizado nos cuidados intensivos algumas horas antes.

De acordo com a nota publicada no portal da Presidência da República, o Presidente tunisino, Béji Caïd Essebsi, eleito democraticamente para a chefia do seu país, “foi um amigo de Portugal, que contribuiu ativamente para o melhor entendimento entre as duas margens do Mediterrâneo”.

“As relações de excelência entre ambos os países, das quais o Presidente Essebdi foi um pilar fundamental, estão desde 2006 enquadradas no Tratado de Boa Vizinhança, Cooperação e Amizade”, lê-se no comunicado.

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Marcelo Rebelo de Sousa apresentou à família, às autoridades e ao povo tunisino “respeitosas condolências”.

Já na quinta-feira, O Presidente da República lamentara a morte do seu homólogo tunisino, numa nota publicada no portal da Presidência da República.

Na mensagem, dirigida ao presidente do parlamento tunisino, à família e aos cidadãos daquele “País amigo”, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou “o excelente relacionamento bilateral” entre os dois países e o papel de Béji Caïd Essebsi como primeiro Presidente democraticamente eleito da Tunísia.

O primeiro Presidente democraticamente eleito em 2014, três anos após a queda de Zine el Abidine Ben Ali, Essebsi morreu alguns meses antes do fim do seu mandato.

Veterano da política tunisina, Essebsi era o mais velho chefe de Estado do mundo em exercício depois da Rainha Isabel II.

Serviu nos governos dos Presidentes Habib Bourguiba (1957-1987) e Zine el Abidine Ben Ali (1987- 2011), antes de ele mesmo assumir a Presidência em 2014, com a paradoxal missão de consolidar a jovem democracia.