Tal como é habitual nesta altura do ano, em que muitos condutores se preparam para passar horas ao volante rumo ao seu destino de férias, a Seat procura dar o seu contributo para uma maior segurança na estrada, fornecendo dicas aos automobilistas. Depois de, em 2018, a marca espanhola do Grupo Volkswagen ter alertado para a importância do ar condicionado em longas viagens, este ano, a Seat recorre à médica Mari Carmen López para explicar até que ponto a alimentação pode interferir na atenção do condutor e, por tabela, aumentar o risco de acidentes rodoviários.

Segundo a especialista da Seat Cars, quem tem pela frente muitos quilómetros deve evitar ingerir alimentos que possam contribuir para a sonolência, fadiga, nervosismo ou desconforto estomacal ao volante. Fritos e batidos, molhos e especiarias devem ser evitados, da mesma maneira que o arroz, os legumes e as massas também podem converter-se em obstáculos para uma condução segura. Isto porque conduzir não requer uma ingestão extraordinária de calorias – “é uma actividade que envolve um desgaste energético entre 1.000 e 1.300 calorias, semelhante a estar em repouso -, razão pela qual não se deve abusar nos hidratos de carbono. “Eles provocam peso no estômago. Além disso, são rapidamente absorvidos para que a sensação de fome volte imediatamente”, alerta a médica. E até alimentos saudáveis, num contexto de uma longa viagem, podem ser uma fonte de desconforto – com a desatenção que isso implica. Será o caso dos “cítricos, cebolas e tomates” que, em excesso, “podem causar acidez, por isso é melhor não abusar deles durante um dia de condução”.

Um menu que evita digestões pesadas e desconfortáveis

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  • Pequeno-almoço: duas torradas com presunto ou queijo, peça de fruta, café ou chá
  • Lanche da manhã: uma sandes de legumes e água
  • Almoço: salada, carne ou peixe grelhados ou assados, fruta, água e café ou chá
  • Lanche da tarde: fruta, iogurte e água

Mari Carmen López recomenda (menu ao lado) que se coma pouco, mas muitas vezes. Desde logo porque está demonstrado que, depois do almoço, por exemplo, o desempenho diminui 10%. Daí o conselho: “É preciso aproveitar cada paragem para comer em pequenas quantidades, e mesmo assim, depois da paragem principal, fazer uma caminhada de 15 minutos ou dormir uma sesta para descansar.”

A água é o melhor aliado do condutor. Segundo a médica da Seat Cars, “a desidratação pode levar a tonturas, vómitos e, em casos mais extremos, à perda de consciência”. Condutores com uma hidratação insuficiente, de acordo com um estudo da Universidade de Loughborough (Reino Unido) e do Instituto Europeu de Hidratação, cometem erros semelhantes aos daqueles que acusam um nível de álcool no sangue de 0,8 g/l. Ou seja, como se tivessem bebido mais de quatro copos de vinho. Saídas não intencionais da faixa de rodagem, travagem tardia ou a transposição da linha da berma são os erros mais frequentes.

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