O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira a nomeação de John Ratcliffe, um congressista republicano, para diretor dos serviços de informações nacionais, em substituição de Dan Coats, que deixa o cargo a 15 de agosto.

“Compete-me anunciar que o muito respeitado congressista John Ratcliffe, do Texas, será nomeado por mim para ser o diretor de informações nacionais”, escreveu nesta segunda-feira Trump na sua conta pessoal do Twitter.

O Presidente norte-americano destacou que o congressista foi procurador federal no passado, considerando que o próximo chefe dos serviços de informações do Estado “inspirará e liderará com grandeza o país que ama”.

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Trump anunciou igualmente que Dan Coats, o atual diretor, deixará aquele cargo no próximo dia 15 de agosto e que o nome do seu substituto, Ratcliffe, será em breve submetido ao processo de aprovação pelo Senado.

“Gostaria de agradecer a Coats o grande serviço prestado ao nosso país”, concluiu o Presidente dos EUA.

Ratcliff é membro do comité Judicial da Câmara de Representantes dos EUA, pelo que na passada quarta-feira foi um dos legisladores encarregados de interrogar o ex-procurador especial Robert Mueller sobre os resultados da investigação à chamada “trama russa”.

O congressista foi um dos republicanos que criticou com maior veemência os motivos da investigação que, em última instância, procurava esclarecer se a equipa de campanha de Trump se tinha coordenado com o Kremlin, na Rússia, para as eleições de 2016, uma pesquisa a que o mandatário de campanha se referiu como “caça às bruxas”.

“Estou de acordo com o presidente [do comité, Jerrold] Nadler quando diz que Donald Trump não está acima da lei. Porém, mal seria se estivesse por debaixo”, disse Ratcliff a Mueller, quando pôs em dúvida as conclusões da sua investigação.

A saída do veterano Coats era uma possibilidade já falada em Washington desde há algum tempo, devido à falta de sintonia que existia entre o chefe dos serviços de informações e Trump, que sempre se mostrou em desacordo em relação à alegada ingerência russa nos últimos comícios presidenciais.

Um dos momentos em que estas diferenças se tornaram mais evidentes ocorreu em julho do ano passado, quando Trump anunciou de surpresa que tinha convidado Putin a visitar a Casa Branca.