Segundo as previsões fornecidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, prevê-se uma subida gradual dos valores de temperatura máxima, sendo o dia de quarta-feira o que será previsivelmente mais quente, podendo ser atingidos valores de 40º C no interior do Alentejo.

Relativamente ao vento, as previsões apontam para que seja do quadrante norte/noroeste, com rotação temporária para nordeste no interior norte e centro esta terça e quarta-feira, soprando com uma intensidade forte e de forma constante, podendo ocorrer rajadas até 75 km/h no Algarve (em particular na Foia e em Monchique) e até 65 km/h no litoral oeste, incluindo no período noturno.

Esta terça-feira deverá ser o dia “mais crítico” em termos de intensidade do vento (durante o dia e noite), em particular o distrito de Faro (principalmente o barlavento algarvio, e as regiões centro e sul, podendo ocorrer rajadas até 75 km/h nos distritos de Lisboa e de Leiria.

Está igualmente prevista uma diminuição dos teores da Humidade Relativa do Ar, que não deverão exceder 20% (e 15%, pontualmente) na região sul e no interior centro e inferiores a 30% no nordeste transmontano.

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Por tudo isto o risco de incêndio é elevado em grande parte do território. Na segunda-feira, a Proteção Civil alertou para o aumento do perigo de fogos até quarta-feira, sobretudo por causa da previsão de agravamento das condições meteorológicas.

Para ajudar a prevenir os fogos, cerca de uma centena de militares reforçam a partir desta terça-feira as ações de vigilância terrestre e o patrulhamento em Portugal continental, na sequência da acentuada subida das temperaturas, informou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

Em comunicado, o EMGFA diz que estas 24 patrulhas – 16 do Exército e oito da Marinha -, num total de 96 militares, vão reforçar as ações de vigilância e patrulhamento entre esta terça e quinta-feira, tendo em conta a previsão de subida acentuada das temperaturas, que será acompanhada de uma maior intensidade do vento.

Os militares vão atuar em 10 distritos de Portugal Continental, designadamente em Beja, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal.

O reforço surge no seguimento de um pedido da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ao EMGFA no sentido de aumentar as ações de prevenção por todo o país.

“Os militares das Forças Armadas irão ser empenhados em operações de vigilância terrestre mas, em caso de necessidade, poderão ser empenhados em ações de pós rescaldo ou de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas”, explica o EMGFA.

A ANEPC recorda que para os locais onde o risco de incêndio seja “elevado” ou “muito elevado” não é permitida a queima de matos cortados e amontoados.

Está igualmente proibido o uso de fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural, exceto se usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito, o lançamento de balões com mecha acesa e de foguetes e o uso de fogo-de-artifício só é permitido com autorização da Câmara Municipal.