O Ministério da Saúde de Moçambique (Misau) submeteu 27 mil bebés ao diagnóstico de VIH desde janeiro de 2017, dos quais 1.700 tiveram diagnóstico positivo, o que representa 6,5%, anunciou esta terça-feira a instituição.

“Destas crianças, 97% iniciaram o tratamento antirretroviral (TARV) e 91% delas começaram o tratamento no dia do diagnóstico”, disse o diretor-executivo do Conselho Nacional de Combate ao Sida (CNCS), Francisco Mbofana.

As crianças realizaram os testes no âmbito do Diagnóstico Precoce Infantil, que visa travar a infeção do VIH durante a gravidez ou parto, altura em que há imaturidade do sistema imunológico da criança.

O Misau equipou 63 unidades sanitárias para testes às crianças desde 2017 em cinco províncias: Maputo, Gaza, Nampula, Cabo Delgado e a Cidade de Maputo.

O objetivo é que os testes sejam realizados rapidamente, com a obtenção dos resultados na hora, o que permite reduzir as deslocações das mães às unidades de saúde. No sistema convencional, este tempo podia ir até aos 90 dias devido a vários constrangimentos.

As crianças diagnosticadas com VIH/Sida iniciaram o TARV atempadamente, permitindo-lhe uma vida mais saudável e longa.

Em Moçambique estima-se que existam 175 mil crianças dos zero aos 14 anos vivendo com VIH, dos quais metade estão em tratamento e 45% tiveram acesso ao Diagnóstico Precoce Infantil.

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