Os trabalhadores da Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) vão iniciar na segunda-feira uma greve de dois dias para reivindicar aumentos salariais e a integração de precários, anunciou nesta quinta-feira o sindicato representativo.

A ação de protesto é convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas e Afins (STAL) e inicia-se na segunda-feira, pelas 09h, com uma concentração em frente ao Palácio Nacional de Sintra.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Fernandes, do STAL explicou que a greve visa o aumento de salários, a integração dos trabalhadores com vínculos precários e o descongelamento da progressão nas carreiras.

“Ao iniciarmos as negociações com o Conselho de Administração deparamo-nos com uma série de entraves por parte dos acionistas. Recusaram em contar a antiguidade, em estabelecer um salário mínimo de 635 euros, em manter as 40 horas semanais com adaptabilidade e banco de horas e integração imediata dos trabalhadores precários”, resumiu.

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A PSML foi criada em 2000 para gerir os parques históricos e monumentos do concelho de Sintra, nomeadamente a Pena e Monserrate, o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e os palácios nacionais de Sintra e de Queluz.

A empresa tem cerca de 430 trabalhadores, dos quais 270 têm vínculo direto à empresa e cerca de 160 a empresas de trabalho temporário ou a recibos verdes.

“Estes trabalhadores, na sua maioria especializados e na empresa desde a sua fundação, não têm qualquer tipo de aumento ou valorização há mais de 10 anos, ganhando a sua maior parte o salário mínimo nacional”, aponta o sindicalista.

Contactada pela Lusa, fonte da PSML referiu que a empresa “apresentou um pacote de melhorias laborais, aprovado pelos acionistas, que inclui aumentos salariais e reforço de benefícios para os colaboradores da empresa”.

“A PSML está a negociar com as estruturas sindicais, de forma a que a sua proposta seja possível de concretizar, através de um acordo de empresa, e assim viabilizar a introdução destes benefícios com efeito retroativo a janeiro deste ano”, acrescenta a mesma fonte.

A empresa ressalva ainda que “está a planear os serviços, nos termos da lei, de forma a minimizar os efeitos que possam surgir com esta paralisação”.