O ramo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iémen assumiu nesta sexta-feira a responsabilidade pelo ataque mortal a uma esquadra de polícia na cidade de Áden, no sul do país, que ocorreu na quinta-feira e matou 11 pessoas.

O EI declarou num comunicado, divulgado nesta sexta-feira na sua página na Internet, que o ataque visava oficiais “apóstatas” leais aos Emirados Árabes Unidos – um dos países que fazem parte da coligação internacional liderada pela Arábia Saudita que combate os rebeldes Huthis (apoiados pelo Irão) no Iémen desde 2015.

O atentado matou 11 pessoas e envolveu vários bombistas suicidas que usaram um carro, um autocarro e motocicletas carregadas de explosivos e atacaram uma esquadra de polícia no bairro de Omar al-Mokhtar, durante a manhã de quinta-feira.

Este atentado foi um dos dois que aconteceram em Áden na quinta-feira e que mataram no total de 51 pessoas.

O outro ataque de quinta-feira envolveu um míssil balístico disparado pelos rebeldes Huthis – que assumiram na quinta-feira a autoria – sobre uma cerimónia militar que se realizava num quartel das forças de segurança do governo iemenita e que matou pelo menos 40 polícias.

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Nesta sexta-feira, dezanove soldados do exército iemenita foram mortos num ataque do grupo Al-Qaida a um campo militar na província de Abyane, no sul do Iémen, informaram fontes de segurança iemenitas.

O conflito no Iémen já matou dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis, segundo várias organizações humanitárias.

Cerca de 3,3 milhões de pessoas ainda estão deslocadas e 24,1 milhões, ou mais de dois terços da população, precisam de assistência, segundo a ONU, que já declarou ser a pior crise humanitária do mundo.