Pela primeira vez desde 2012, as vendas do iPhone representaram menos de metade das vendas totais da Apple. Assim indica o relatório do segundo trimestre do ano da empresa, citado pela BBC. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas do iPhone diminuíram em 741 milhões de dólares (cerca de 666 milhões de euros).

Mas, afinal, quanto custa à Apple fabricar cada telemóvel? E porque são tão caros?

Tomemos como exemplo o XS Max de 64GB. Os componentes deste modelo custam à Apple, segundo a BBC, 392,5 dólares (cerca de 353 euros). Acresce a montagem e tudo o que está por trás: o marketing, a investigação e o próprio desenvolvimento do produto.

A câmara do iPhone XS Max, por exemplo, custa 51 dólares (cerca de 45 euros) e o ecrã 120 dólares (cerca de 108 euros). Os componentes mecânicos também são das peças mais caras, com um custo total de 71,5 dólares (cerca de 63 euros). O bluetooth/wifi custam apenas sete dólares (cerca de seis euros). Os sensores, as entradas USB e os auriculares são mesmo as peças mais baratas.

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No fim, a Apple vende o XS Max de 64GB por 1.099 dólares nos Estados Unidos (cerca de 989 euros). Em Portugal, este telemóvel está à venda por 1.279,99 euros.

Comparemos estes números com modelos de iPhone antigos. O 7 de 64GB custava 225 dólares para fabricar e eram precisos 295 dólares para a versão Plus do iPhone 8 (cerca de 202 e 265 euros, respetivamente). Estes modelos foram vendidos no mercado norte-americano por 649 e 699 dólares (cerca de 584 e 629 euros).

O iPhone X, lançado em setembro de 2017, foi um dos mais caros de sempre da Apple: custava 999 dólares (cerca de 899 euros) nos Estados Unidos. Também nesta altura, chegaram características como os ecrãs de alta resolução, tecnologia AMOLED e a câmara com reconhecimento facial. O preço dos componentes aumentou significativamente.

Esta subida traduziu-se numa quebra das vendas na China, por exemplo, onde os preços dos telemóveis mais recentes ficaram fora do alcance de muitos consumidores.