O Presidente da República de Angola, João Lourenço, saudou este sábado o entendimento alcançado entre o Governo moçambicano e a Renamo para a cessação de hostilidades, considerando que o acordo “devolve definitivamente” aos moçambicanos a “ansiada paz”.

Numa mensagem enviada este sábado ao homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, e divulgada na página da Presidência da República de Angola na rede social Facebook, João Lourenço manifestou “satisfação” com a assinatura do acordo, que ocorreu na quinta-feira, na Serra da Gorongosa, no centro de Moçambique.

“Este importante acontecimento dá-nos fortes razões para saudar vivamente, em nome do Executivo, do Povo angolano e no meu próprio, o entendimento alcançado entre moçambicanos, que acreditaram na via do diálogo construtivo para pôr termo a um conflito que durante anos dividiu e separou-vos das questões centrais do desenvolvimento e da construção do bem-estar e da felicidade do povo de Moçambique”, escreveu João Lourenço.

O Presidente angolano manifestou ainda a “plena convicção” de que este acordo “devolve definitivamente a Moçambique e ao seu povo[…], à sub-região e à África em geral, a paz ansiada por todos para que o grande potencial de que o país dispõe sirva os interesses moçambicanos, os da África Austral e os do continente”.

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O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Ossufo Momade, assinaram na quinta-feira o acordo de cessação das hostilidades no Parque Nacional da Gorongosa, província de Sofala, centro do país, para acabar, formalmente, com os confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.

Trata-se do terceiro acordo entre o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), e a Renamo, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma de 1992 e do acordo de cessação das hostilidades militares em 2014, na sequência de uma nova vaga de confrontos entre as duas partes.

O Presidente moçambicano e o líder da Renamo vão assinar ainda este mês um acordo geral de paz final, que será depois submetido como proposta de lei ao parlamento, disse à Lusa um responsável do principal partido da oposição em Moçambique.