Se pensa que depois do “apertão” que o legislador deu nos fabricantes de automóveis e, por tabela, nos automobilistas, a necessidade de reduzir as emissões poluentes e de dióxido de carbono (CO2) era exclusiva destes, está enganado. Os camiões estão a seguir e, até, os navios. Ainda antes de se tornar obrigatório, já há armadores a movimentarem-se nesse sentido.

Provavelmente o maior híbrido plug-in (PHEV) do mundo foi lançado há dias à… água. Trata-se de um navio de cruzeiro/ferry, o M/S Color Hybrid, que opera entre a Noruega e a Suécia, com capacidade de deslocar 2.000 passageiros e 500 veículos, assumindo-se como um esforço dos noruegueses em reduzir as emissões.

Ao motor convencional, o M/S Color Hybrid, com 160 metros de comprimento, alia um potente motor eléctrico, alimentado por um pack de baterias que é exactamente 50 vezes maior do que os 100 kWh que equipam um Tesla Model S. Os 5 MWh de acumuladores têm um peso de 65 toneladas, uma mera gota de água para um navio deste tipo.

Depois dos ferries para percursos mais curtos com motorização puramente eléctrica, a navegação está em busca de opções para os percursos maiores. Enquanto não surgem soluções em massa a gás natural (a nova aposta da União Europeia), os motores PHEV afiguram-se como a alternativa de transição. São recarregados enquanto os passageiros e veículos entram a bordo, para depois fornecerem energia ao motor eléctrico para ajudar o motor a gasóleo, reduzindo as emissões destes. Com a vantagem adicional de, à entrada e à saída dos portos, operarem exclusivamente em modo eléctrico.

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