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Danilo foi a causa que teve em Marega uma consequência (a crónica do Gil Vicente-FC Porto)

Este artigo tem mais de 4 anos

Vítor Oliveira voltou à Primeira Liga com o Gil Vicente e ganhou ao FC Porto 34 anos depois (2-1). Danilo, lesionado, fez demasiada falta. E a entrada em falso de Marega foi apenas mais um reflexo.

Sérgio Conceição protestou segundo golo do Gil Vicente, apontado por Kraev, que fez o resultado final em Barcelos
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Sérgio Conceição protestou segundo golo do Gil Vicente, apontado por Kraev, que fez o resultado final em Barcelos

AFP/Getty Images

Sérgio Conceição protestou segundo golo do Gil Vicente, apontado por Kraev, que fez o resultado final em Barcelos

AFP/Getty Images

“Pode ser um dia para que os responsáveis deste País meditem. Todas as casas do FC Porto uniram-se para mostrar ao País como pode ser bonita e profícua a regionalização em Portugal. Todos sabemos que é muito difícil o FC Porto ter sucesso, mas a primeira condição é estarmos unidos e sentirmos orgulho em sermos do FC Porto. Quem liga televisões e vê alguns debates, teoricamente de desporto ou de futebol, sente, nas palavras de muitos, o ódio pelo FC Porto. Sentem a vontade que o FC Porto não vença. São incapazes de dar o mérito a quem o tempo se for de azul e branco. Mas por isso é que somos maiores; porque somos melhores, porque somos muitos e porque amamos o FC Porto. Ao fim de 37 anos de presidência, sinto orgulho em poder ver coisas novas nestes eventos e vou daqui com vontade redobrada de fazer do FC Porto cada vez maior”.

FC Porto perde com Gil Vicente em Barcelos e tem arranque em falso no Campeonato

No final da iniciativa “Minho de Azul e Branco”, que juntou cerca de 1.700 pessoas de 14 casas azuis e brancas em Esposende, o presidente portista, Jorge Nuno Pinto da Costa, deixou o mote para o Campeonato que agora se inicia, deixando um apelo de união aos adeptos do clube na luta pela conquista do título que na época passada voltou a ser do Benfica – quinto dos encarnados em seis anos. E como não poderia deixar de ser, soltou algumas “farpas” ao rival. “Muitos fazem tudo para que o Benfica ganhe, porque é o negócio deles”, atirou, além de dizer que “os outros só estiveram interessados em guarda-redes aleijados…”, em alusão ao chumbo de Mattia Perin nos exames médicos. E falou ainda de Danilo e do caso com Sérgio Conceição.

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“Quando se consegue fazer um acontecimento nacional de uma pequena desavença que não teve consequência alguma, consegue-se fazer disso programas e programas televisivos para se discutir e comentar isso. É sinal de que o FC Porto ainda assusta muita gente…”, salientou Pinto da Costa. Esta noite, em Barcelos, o médio ficou de fora por questões físicas, como explicaria o técnico no final da derrota por 2-1 frente ao Gil Vicente. Mas fez falta, muita falta. E provou que é uma das peças mais importantes no xadrez de Sérgio Conceição que tem agora o primeiro desafio à tal união depois de uma derrota a abrir a Liga como não acontecia desde 2001, quando os azuis e brancos perderam a primeira jornada em Alvalade com o Sporting (1-0).

Soares foi um dos elementos mais ativos no ataque portista mas esteve sempre demasiado perdulário (MIGUEL RIOPA/AFP/Getty Images)

Ficha de jogo

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Gil Vicente-FC Porto, 2-1

1.ª jornada da Primeira Liga

Estádio Cidade de Barcelos

Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Gil Vicente: Denis; Alex Pinto, Rodrigo, Ruben Fernandes, Arthur Henrique (Erick, 81′); João Afonso (Gonçalves, 74′), Soares; Lourency, Kraev, Edwin e Sandro Lima (Naidji, 61′)

Suplentes não utilizados: Wellington, Villa, Kellyton e Leo Cordeiro

Treinador: Vítor Oliveira

FC Porto: Marchesín; Wilson Manafá, Pepe, Marcano, Alex Telles; Bruno Costa, Sérgio Oliveira; Corona (Luís Díaz, 58′), Otávio (Fábio Silva, 79′), Zé Luís e Soares (Marega, 58′)

Suplentes não utilizados: Vaná; Mbemba, Romário Baró e Nakajima

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Lourency (60′), Alex Telles (73′, g.p.) e Kraev (77′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Marcano (21′), Sérgio Oliveira (37′), João Afonso (40′), Rodrigo (72′), Lourency (84′) e Bruno Costa (90+1′)

Depois de uma primeira parte onde teve o controlo do encontro entre calafrios sobretudo em lances de bola parada, o FC Porto caiu no segundo tempo. Caiu no plano físico, com as pernas algumas vezes a não responderem ao que dizia a cabeça (sobretudo nos últimos minutos). Caiu no plano tático, com a entrada de Marega a não ter efeitos práticos e a aposta em três defesas com a entrada de Fábio Silva a afunilar em demasia o jogo. Caiu no plano técnico, com erros de posicionamento na altura das transições defensivas que foram aproveitados da melhor forma pelas unidades atacantes dos gilistas. Tudo com mérito de Vítor Oliveira, o “Senhor Subidas” que construiu um plantel novo com cerca de 20 jogadores e deu a melhor resposta possível no encontro que assinalou também o regresso do conjunto de Barcelos ao principal escalão do futebol nacional – com a curiosidade de ter ganho aos azuis e brancos 34 anos depois do último triunfo, alcançado no seu ano de estreia na Primeira Liga.

Depois de um arranque onde o Gil Vicente ainda ganhou um canto e conseguiu ter dois/três lances onde trocou bola no meio-campo contrário, o FC Porto não demorou a agarrar no controlo do jogo e teve uma primeira oportunidade madrugadora que colocou os visitados em sentido, quando Soares descaiu na esquerda para arrastar marcações e cruzou largo ao segundo poste para o cabeceamento de Zé Luís que saiu a rasar o poste da baliza de Denis (6′). Era um conjunto azul e branco pressionante, a reagir bem à perda mas a ter dificuldades em chegar com bola controlada à área adversária, facilitando a tarefa dos defesas da casa jogando de frente apesar dos mais de 70% de posse. Corona teve depois mais uma oportunidade flagrante, após cruzamento largo de Alex Telles da esquerda, mas acabou por rematar ao lado de pé esquerdo quando estava sozinho na área (25′).

No entanto, e sempre que conseguia ter lances de bola parada no último terço, o Gil Vicente criava perigo. Ou mesmo muito perigo, que só não deu mesmo golo porque Marchesín, em noite de estreia no Campeonato (quinto guarda-redes argentino a jogar na Primeira Liga, o primeiro depois de Bossio), teve uma primeira grande defesa a desvio de cabeça de Sandro Lima antes de desviar por instinto para canto a recarga de Rodrigo na pequena área (28′). Pouco depois, Lourency arriscou o remate de meia distância mas à figura do número 32 dos azuis e brancos (30′). O conjunto de Barcelos não visava muito a baliza mas visava sempre bem. E chegava à meia hora a ganhar por 4-0 nas tentativas enquadradas com a baliza nesse arranque.

Com Pepe a assumir um maior protagonismo na saída de bola do FC Porto e Sérgio Oliveira a funcionar como pêndulo de toda a equipa um pouco mais recuado em campo em relação ao que tinha feito em Krasnodar, os dragões tentaram ainda um último forcing antes do intervalo para tentarem chegar à vantagem e viram Soares falhar o que não costuma perdoar, numa jogada onde Sérgio Oliveira foi à área amortecer de cabeça o cruzamento de Alex Telles para o remate do avançado brasileiro que saiu à figura de Denis (35′). E a fechar o primeiro tempo, um dos casos do jogo com Nuno Almeida a assinalar grande penalidade de Alex Pinto por empurrão na área num livre lateral antes de reverter a decisão depois de consultar o VAR e o ecrã no relvado.

Sem mexer ao intervalo, o FC Porto voltou a ter em Soares a principal referência ofensiva mas o avançado brasileiro continuou em noite não em Barcelos, sobretudo aos 50′ quando não colocou o pé da melhor forma para empurrar na área a bola para golo em situação privilegiada. Faltando golos, Sérgio Conceição arriscou com a entrada de Marega para fixar Zé Luís na frente e encontrar outras soluções na abordagem à baliza gilista através da profundidade e da verticalidade. O que, no sentido meramente teórico, era o que jogo pedia. No entanto, o feitiço acabou por virar-se contra o feiticeiro e a falta de Danilo conheceu a sua expressão máxima num lance onde o maliano perdeu a bola em zona proibida, João Afonso viu bem a entrada em velocidade de Lourency e o avançado só teve de desviar de Marchesín para inaugurar o marcador em Barcelos (60′).

Em desvantagem, e com Marega a continuar a somar ações nada conseguidas, o FC Porto começou por subir linhas, chegou ao empate através de uma grande penalidade assinalada por Nuno Almeida através do VAR por mão de Rodrigo na área após remate de Luís Díaz mas acabou por não ter tempo para capitalizar esse ascendente mental d0 1-1 por ter sofrido de novo apenas quatro minutos depois, num lance onde o Gil Vicente conseguiu marcar rápido uma falta até nova transição que, no final da jogada, encontrou o médio Kraev isolado na área entre os centrais a encostar para o 2-1 final que nem a entrada de Fábio Silva e a consequente passagem para um sistema com apenas três defesas conseguiu desfazer até ao final do encontro.

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