Se a Primeira Liga arrancou este fim de semana, a verdade é que também a liga francesa começou nos últimos dias. A estreia do campeão em título, do tricampeão em título, ficou guardada para a noite deste domingo: o PSG recebeu o Nimes, que em 2018 regressou ao principal escalão do futebol francês depois de 25 anos de ausência. As contas do jogo são muito fáceis de fazer — Cavani abriu o marcador de penálti ainda na primeira parte, Mbappé aumentou a vantagem no início do segundo tempo e Di María fechou as contas já na última meia-hora. A história do jogo, essa, estava nas bancadas.

Além de uma enorme tarja onde se lia “Neymar, vai embora”, os adeptos do clube francês repetiram vários insultos ao jogador brasileiro ao longo do jogo, sempre em espanhol. Neymar, que se lesionou ainda antes da Copa América e na reta final da temporada passada, não completou uma semana inteira de treinos durante o verão e ainda integrou a sessão do PSG da manhã deste sábado mas não foi convocado por Thomas Tuchel, que na antecipação da receção ao Nimes falou do brasileiro com um tom que dava a entender que este iria ficar. “Ele está numa fase de treino individual, no terreno e no ginásio. Está a voltar de lesão e não tem ainda uma semana de treinos completa com a equipa, por isso não está pronto”, disse o treinador. Este domingo, após a vitória no Parque dos Príncipes, o discurso foi diferente.

“Temos que encontrar soluções sem Neymar. Eu adoro o Neymar, quero continuar a jogar com ele, com o Kylian [Mbappé] e com todos. Mas a realidade é que devemos encontrar soluções sem o Ney. Se perdermos o Neymar, talvez eu não durma. Não é possível perder o Ney e encontrar alguém que faça as mesmas coisas que ele”, explicou Tuchel. De recordar que Leonardo, o novo diretor desportivo do PSG, disse ainda esta semana que as conversações pelo avançado brasileiro “estão mais avançadas”, ainda que não tenha desvendado se o segundo interlocutor é o Barcelona ou o Real Madrid.

“Neymar, vai embora”: a tarja dos adeptos do PSG para o brasileiro

Neymar esteve dois anos no PSG, depois de uma passagem bem sucedida pelo Barcelona, e marcou mais de 50 golos, conquistando ainda duas ligas francesas, uma Taça de França e uma Taça da Liga. A pergunta que paira nesta altura tanto em Paris como em Espanha é exatamente a mesma: o futuro do avançado brasileiro passa pelo regresso à Catalunha ou por uma ida mediática, como sempre, para o Santiago Bernabéu?

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